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Inep tem até esta quarta-feira para explicar vazamento de redação do Enem
Justiça pediu explicações sobre divulgação indevida do tema da redação do Enem
A Justiça Federal concedeu, nesta terça-feira (08), o prazo de um dia para o Inep, órgão responsável pelo Enem, prestar esclarecimento sobre ação movida pelo Ministério Público Federal (MPF) no Ceará. Na ação, o procurador Oscar Costa Filho pede a anulação da prova de redação do exame tendo como base o vazamento do tema da produção textual. O Inep foi intimado às 14h44 da terça-feira (8), no horário de Brasília. Portanto, o órgão tem até o mesmo horário desta quarta-feira (9) para se pronunciar.
No entanto, nesta terça, em entrevista coletiva, a secretária-executiva do Ministério da Educação, Maria Helena Guimarães, descartou a possibilidade de cancelamento ou anulação da prova de redação. A declaração ocorreu após a Polícia Federal informar que dois candidatos presos no fim de semana em Fortaleza e Macapá como suspeitos de tentar fraudar o Enem afirmaram terem tido acesso ao tema da redação antes do início das provas.
"Não há risco de cancelamento da prova nem da redação. A situação está muito circunscrita", disse Maria Helena Guimarães. Segundo a secretária, informações preliminares da PF, até a manhã de terça, apontavam que não havia ocorrido vazamento. "Esse caso está sendo averiguado. A informação que temos até agora da PF é que não houve vazamento." A Polícia Federal não se pronuciou sobre esse assunto.
Guimarães também voltou a negar que a imagem de uma suposta prova de redação que circulou nas redes sociais em 2015 fosse verdadeira, apesar de ter tema semelhante ao da prova deste ano. Para ela, a ação judicial apresentada pelo procurador do Ceará para anular a prova de redação do Enem não preocupa.
Já o procurador Oscar Costa Filho disse que o tema da redação foi vazado pelo próprio Inep, ao ter usado o mesmo que apareceu em prova falsa divulgada às vésperas do exame de 2015. “Se quiserem chamar isso de vazamento ou vício por falta de ineditismo é a mesma coisa, mas a responsabilidade é do Inep e do MEC. Repetindo o mesmo tema houve comprometimento da isonomia entre os candidatos. Muitos colégios passaram o ano todo treinando esse tema e era natural que o fizessem, porque seria um tema possível. Na medida em que isso acontece, há essa responsabilidade por parte do MEC e do Inep. O vazamento foi oficial”, disse Costa Filho em entrevista coletiva nesta terça-feira na sede do MPF/CE, em Fortaleza.
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