Influenciadora de 21 anos morre após ser diagnosticada com câncer de cólon; saiba fatores de risco
O câncer de cólon pode se desenvolver sem fatores genéticos em pessoas com menos de 40 anos de idade
Dominique McShain, criadora de conteúdo com grande visibilidade nas redes sociais, faleceu aos 21 anos após enfrentar um câncer de cólon diagnosticado em 2024. A doença estava em estágio muito avançado quando foi diagnosticada, o que impossibilitou a aplicação de tratamentos curativos.
Em abril do ano passado, Dominique comunicou que os médicos haviam encontrado um câncer de cólon sem possibilidade de reversão. A doença já havia feito metástase, o que significa que as células cancerígenas haviam se espalhado para outros órgãos, incluindo o fígado. Como consequência, esse órgão apresentou falhas que impediram a continuidade das sessões de quimioterapia que ela havia iniciado meses antes.
Em uma mensagem compartilhada nas redes sociais, ela expressou: "Neste momento, passei para cuidados paliativos, focando no alívio da dor e no manejo dos efeitos colaterais, com muito tempo passado tanto no hospital quanto em instalações de hospice". Embora inicialmente tenha recebido quimioterapia, os médicos decidiram interromper o tratamento após detectar danos severos no fígado.
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A evolução do seu estado gerou sintomas como icterícia, que se reflete em um tom amarelado na pele e nos olhos. A jovem deixou uma mensagem final em suas plataformas digitais, onde escreveu: "Quero ser direta com todos vocês: esta será minha última atualização sobre minha jornada contra o câncer até que eu faleça. Recentemente, recebi um prognóstico de apenas alguns dias a poucas semanas de vida".
Em suas publicações, a influenciadora compartilhou suas reflexões sobre o processo que estava vivendo e a necessidade de falar sobre a detecção precoce. "Recentemente, tenho imaginado com frequência o céu, um lugar onde finalmente serei livre da dor que me acompanhou por tanto tempo. Eu me imagino sem o sofrimento constante, sem necessidade de medicação apenas para sobreviver o dia", escreveu. Ela também mencionou: "O céu será um lugar de paz onde meu corpo não estará mais destruído nem cheio de câncer".
Fatores de risco e sinais de alerta para o câncer colorretal em idades jovens
A experiência de Dominique McShain reavivou a conversa sobre o aparecimento do câncer de cólon em pessoas com menos de 45 anos. Em entrevista, o oncologista Stefan Zilli explicou que esse tipo de câncer está aumentando em frequência entre os adultos jovens.
— Em muitos casos, o câncer de cólon em jovens é esporádico, o que significa que se desenvolve por múltiplos fatores, sendo o principal a dieta rica em alimentos ultraprocessados, pobre em fibras e vegetais e rica em proteínas de carnes vermelhas — afirmou.
O câncer colorretal afeta principalmente o cólon e o reto. O especialista acrescentou que, embora a maioria dos pacientes jovens não apresente histórico hereditário, casos de pessoas com 30 anos ou menos têm sido registrados. Além da alimentação desfavorável, outros comportamentos que podem influenciar incluem o consumo de bebidas alcoólicas, o tabagismo, a falta de atividade física, o estresse crônico e a ansiedade persistente.
Do ponto de vista médico, existem certos sinais que não devem ser ignorados, mesmo em pessoas jovens. Entre eles estão:
Dor na região abdominal que não desaparece
Alterações prolongadas nas fezes, como constipação ou diarreia
Presença de sangue nas fezes
Redução significativa de peso corporal sem razão aparente
Os dois últimos pontos costumam aparecer quando a doença já está em estágio avançado. Por isso, a recomendação é consultar um profissional se esses sintomas persistirem por mais de duas semanas. — Se notarmos uma dor que não desaparece em dois ou três dias e mudanças nas fezes, devemos nos consultar imediatamente — alertou Zilli.
Para reduzir o risco, sugere-se manter uma dieta baseada em vegetais, frutas, cereais integrais e proteínas de origem magra. Também é recomendado evitar o álcool, parar de fumar e diminuir os níveis de estresse, pois este pode criar um ambiente inflamatório que favorece o desenvolvimento de tumores, especialmente no cólon.

