Ter, 09 de Dezembro

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NOBEL DA PAZ

Instituto Nobel adia entrevista coletiva com María Corina Machado em Oslo

Líder opositora deverá participar da cerimônia de entrega do prêmio em Oslo na quarta-feira (10)

A líder da oposição venezuelana Maria Corina Machado A líder da oposição venezuelana Maria Corina Machado  - Foto: Juan Barreto / AFP

A entrevista coletiva nesta terça-feira (9) em Oslo com a opositora venezuelana e vencedora do Prêmio Nobel da Paz, María Corina Machado, foi adiada, mas deve acontecer ao longo do dia, informou à AFP o Instituto Nobel na capital da Noruega.

"Tudo indica que conseguiremos ter a entrevista coletiva hoje", afirmou à AFP Erik Aasheim, porta-voz do Instituto Nobel, o secretariado do comitê que concede o prêmio.

A instituição divulgou um breve comunicado para anunciar o adiamento do encontro, que inicialmente estava previsto para 13h00 locais (9h00 de Brasília).

Corina Machado, 58 anos, engenheira de profissão e mãe de três filhos, passou à clandestinidade em agosto de 2024, após as eleições presidenciais de julho que levaram à posse de Nicolás Maduro.

A líder opositora, impedida de disputar as eleições, afirmou que Maduro roubou as eleições de seu candidato, Edmundo González, e publicou cópias dos votos registrados nas máquinas de votação como prova da fraude. O chavismo rejeitou as acusações.

Embora o Instituto Nobel tenha afirmado no sábado que María Corina Machado participará da cerimônia de entrega do prêmio em Oslo na quarta-feira (10), o paradeiro da opositora venezuelana é um mistério.

Ela não aparece em público desde 9 de janeiro deste ano, quando compareceu a um protesto em Caracas contra a posse do presidente Nicolás Maduro para seu terceiro mandato.

Parentes de Corina Machado e muitos venezuelanos no exílio, incluindo figuras de destaque da cultura, política e da imprensa, viajaram a Oslo para a premiação.

Nos últimos meses, o ministro do Interior, Diosdado Cabello, afirmou em várias ocasiões que Corina Machado está fora da Venezuela.

O entorno da líder opositora mantém o segredo. Sua família em Oslo afirma que não sabe o seu paradeiro e, desde segunda-feira, circulam versões de todo tipo sobre sua eventual chegada para receber o Nobel da Paz, que inclui uma medalha de ouro, um diploma e 1,2 milhão de dólares.

María Corina Machado também convidou alguns presidentes latino-americanos para a cerimônia na prefeitura de Oslo: o argentino Javier Milei, o panamenho José Raúl Mulino, o equatoriano Daniel Noboa e o paraguaio Santiago Peña.


 

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