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oriente médio

Irã condena 'admissão descarada' de Israel de assassinato do ex-líder do Hamas

Israel admitiu ter assassinado o ex-líder do Hamas, Ismail Haniyeh, no começo do ano

Então líder do Hamas, Ismail Haniyeh foi morto no início de 2024Então líder do Hamas, Ismail Haniyeh foi morto no início de 2024 - Foto: Iranian Foreign Ministry / AFP

O Irã denunciou, nesta terça-feira (24), a "admissão descarada" de Israel de ter assassinado o ex-líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerã, em julho deste ano, acusando o país de ter executado um "crime abominável".

"Esta admissão descarada marca a primeira vez que o regime israelense confessou abertamente sua responsabilidade neste crime abominável", disse o embaixador do Irã nas Nações Unidas, Amir Saeid Iravani, em uma carta enviada ao secretário-geral da organização, um dia depois de o ministro da Defesa israelense, Israel Katz, admitir que seu país foi o responsável pelo assassinato.

Haniyeh, visto como um líder nos esforços de negociação do Hamas para alcançar um cessar-fogo em Gaza, foi morto em uma casa de hóspedes em 31 de julho, em Teerã, supostamente por um artefato explosivo que foi instalado por agentes israelenses semanas antes.

Até a segunda-feira, Israel não tinha admitido a autoria do assassinato de Haniyeh, mas o Irã e o Hamas já haviam atribuído a morte do líder político do movimento palestino aos israelenses.

Em outubro, o Irã disse que havia disparado 200 mísseis contra Israel, em uma resposta aparente ao assassinato.

Iravani disse que a admissão de Israel "também reafirma a legitimidade e a legalidade da resposta defensiva do Irã em 1º de outubro de 2024, assim como a posição constante do Irã de que o regime ocupante e terrorista de Israel segue sendo a ameaça mais grave à paz e à segurança regionais e internacionais".

Em 27 de setembro, Israel matou o líder do movimento islamista libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, com uma bomba em Beirute, e depois o sucessor de Haniyeh, Yahya Sinwar, em 16 de outubro, em Gaza.

Funcionários israelenses disseram que Sinwar planejou o ataque do Hamas contra Israel, em 7 de outubro de 2023, que deu origem à atual guerra na Faixa de Gaza, que matou dezenas de milhares de pessoas e reduziu a escombros grande parte do território palestino.

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