Israelense grávida morre após ataque a tiros na Cisjordânia
Tzeela Gez estava a caminho do hospital para dar à luz seu quarto filho; médicos conseguiram salvar o bebê
Uma israelense grávida morreu após ser ferida por disparos contra seu veículo na Cisjordânia ocupada, informou nesta quinta-feira o hospital Beilinson, cujas equipes conseguiram realizar o parto do bebê por cesariana.
“Depois de lutar para salvar a vida da mulher gravemente ferida por tiros (...) e que chegou em estado de reanimação, a equipe médica foi forçada a declarar seu falecimento”, informou o centro médico próximo a Tel Aviv.
“Foi realizada uma cesariana na sala de trauma para salvar o feto”, acrescentou o comunicado do hospital.
Segundo as autoridades israelenses, Tzeela Gez, uma mulher na casa dos trinta anos, estava a caminho do hospital para dar à luz seu quarto filho. O veículo conduzido por seu marido foi alvejado enquanto passava perto do assentamento israelense de Bruchin, no centro da Cisjordânia.
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Os serviços de emergência informaram inicialmente que a mulher apresentava ferimentos “críticos” por bala e que seu marido, de cerca de 40 anos, estava “em estado grave”. Posteriormente, o hospital esclareceu que os ferimentos do homem eram leves.
“A morte de Tzeela Gez, a caminho do hospital para dar à luz, é um ato de terrorismo arrepiante e horrendo que nos abala profundamente”, declarou o presidente israelense, Isaac Herzog, em comunicado.
Desde o início da guerra em Gaza, deflagrada após o ataque do Hamas ao sul de Israel em 7 de outubro de 2023, a violência aumentou na Cisjordânia.
Bruchin é um assentamento de colonos judeus construído nesse território palestino sem autorização das autoridades israelenses, mas posteriormente legalizado retroativamente pelo governo.
Esses assentamentos em território palestino são considerados ilegais pelo direito internacional.

