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Justiça condena motorista por morte de universitária que caiu de ônibus no Recife

Sentença foi proferida pelo juiz Ivan Alves de Barros, da 8ª Vara Criminal da Capital

Morte da estudante gerou grande comoçãoMorte da estudante gerou grande comoção - Foto: Reprodução

O motorista João Martins de Oliveira Júnior, que dirigia o coletivo do qual a universitária Camila Mirele Pires da Silva caiu em 8 de maio de 2015, foi condenado a dois anos e oito meses de prisão. A estudante, à época com 18 anos, morreu após sofrer a queda do ônibus, que fazia a linha Barro/Macaxeira e estava lotado. A porta se abriu na altura da BR-101, nas proximidades da Casa do Estudante, e ela caiu do veículo em movimento.

Camila era aluna do segundo ano do curso de Biomedicina da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e voltava para casa, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife. A sentença foi proferida pelo juiz Ivan Alves de Barros, da 8ª Vara Criminal da Capital, na quarta-feira (16).

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A decisão, divulgada pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco, aponta que a pena do motorista foi elevada em um terço porque ele estava no exercício da sua profissão quando aconteceu o acidente, tipificação prevista no Código de Trânsito Brasileiro (CTB).

Além da condenação à prisão, a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) de João Martins foi suspensa, também por dois anos e oito meses. O reú ainda foi condenado a pagar os custos do processo.

Entre os agravantes citados pela decisão estão o fato de o motorista ter dado seguimento à viagem mesmo com o ônibus apresentando excesso de passageiros e com uma bolsa pendurada na parte externa da porta central do veículo.

"Era do conhecimento do motorista que o dispositivo de segurança 'Anjo da Guarda' estava desativado. Em razão dessa imprudência, o botão acionado pelo denunciado com o ônibus ainda em movimento fez com que a porta central fosse aberta repentinamente e levou a vítima a ser arremessada para fora do veículo, sendo arrastada na pista de rolamento por alguns metros", diz a sentença.

Dois funcionários da rodoviária Metropolitana e um servidor do Grande Recife Consórcio de Transporte também foram denunciados pela morte da universitário. Todos, no entanto, foram absolvidos pela Justiça.

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