Dom, 07 de Dezembro

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PRISÃO

Justiça decreta prisão preventiva de mãe acusada de matar filha e ocultar cadáver em casa no RJ

Criança, de 8 anos, foi encontrado em estado de decomposição

Maria Raissa da Silva Maximino, de 25 anos, afirmou sofrer de ansiedade durante audiência Maria Raissa da Silva Maximino, de 25 anos, afirmou sofrer de ansiedade durante audiência  - Foto: Polícia Civil do Rio de Janeiro/Divulgação

Uma mãe acusada de matar a filha de oito anos e ocultar seu cadáver, encontrado já em estado de decomposição, teve a prisão temporária convertida em preventiva durante audiência de custódia realizada na sexta-feira (5).

Maria Raissa da Silva Maximino, de 25 anos, que tem outros dois filhos, um de oito meses e outro de quatro anos, é moradora do Morro do Urubu, em Piedade, na Zona Norte do Rio. Durante a audiência, ela afirmou sofrer de ansiedade.

A menina Evellen Dayane Silva de Lima teria sido morta pela ré, que teria ocultado seu corpo no interior da residência da família, no Morro do Urubu. De acordo com testemunhas, a criança estava desaparecida desde o dia 2 de agosto e, após denúncias de maus-tratos, a mãe teria impedido , por diversas vezes, a entrada de assistente social e do Conselho Tutelar na casa.

Ainda segundo testemunhas e também com base na perícia local, vizinhos arrombaram a casa e constataram a vítima em estado de decomposição em cima da cama.

Nas investigações, vizinhos e parentes narraram negligência da mãe em relação aos filhos, mencionando que ela utilizaria substância entorpecente e os manteria sem higiene e alimentação. Os meninos teriam ainda convivido com o cadáver da irmã e ficariam sozinhos para que a mãe pudesse sair à noite.

— Nesse contexto, a custódia cautelar é necessária para garantia da instrução criminal, a fim de que as testemunhas compareçam em audiência livres de temor e para preservar a integridade física e psíquica dos demais filhos da custodiada, que, ao que tudo indica, foram expostos a ambiente e condições insalubres — afirmou a juíza Laura Garcia na decisão.

A magistrada explicou ainda que não é possível prisão domiciliar no caso.

— É incabível a substituição da custódia cautelar pela prisão domiciliar, haja vista ter sido crime cometido com violência contra descendente. Por esses fundamentos, indefiro o pedido de liberdade provisória e converto a prisão em flagrante de Maria Raissa da Silva Maximino em prisão preventiva, como forma de garantia da ordem pública, nos termos do artigo 312 do CPP — destacou.

Na decisão, a juíza encaminhou Maria Raissa ainda para atendimento médico, considerando que ela tem ansiedade e faz uso de medicamento controlado.

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