Ter, 09 de Dezembro

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Macron diz que a Justiça é 'independente' após decisão contra Le Pen

Líder da extrema direita foi condenada por desvio de recursos públicos europeus.

O presidente francês Emmanuel MacronO presidente francês Emmanuel Macron - Foto: Yoan Valat / Pool / AFP

O presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou nesta quarta-feira (2) no Conselho de Ministros que "a autoridade judicial é independente", depois que a líder da extrema direita Marine Le Pen criticou vários juízes, segundo participantes da reunião.

Um tribunal de Paris condenou Le Pen na segunda-feira a cinco anos de inelegibilidade imediata e a dois anos de prisão confirmados, que poderão ser cumpridos em regime domiciliar com uma tornozeleira eletrônica quando a sentença for definitiva.

A líder da extrema direita foi condenada por desvio de recursos públicos europeus.

A condenação a impede de disputar eleições, mas, se o julgamento de seu recurso de apelação tiver a decisão anunciada até a metade de 2026, como um tribunal de apelação indicou na terça-feira que poderia acontecer, Le Pen poderá disputar a presidência em 2027 em caso de absolvição ou inelegibilidade suspensa.

Macron destacou nesta quarta-feira que os magistrados devem ter "proteção" e que "todos" os réus "têm direito a recorrer" contra uma decisão, segundo as fontes, que pediram anonimato.

O presidente francês, que ainda não havia falado sobre a condenação, se apresentou como "garante das instituições", segundo seu gabinete, lembrando "princípios muito gerais" e sem comentar o mérito do julgamento.

Após o Conselho de Ministros, a porta-voz do governo, Sophie Primas, explicou aos jornalistas o que disse o chefe de Estado.

"Ele recordou três coisas. A primeira, que, evidentemente, a justiça é independente e toma suas decisões com total independência e que, portanto, é preciso respeitá-la como um pilar da nossa democracia", declarou.

"A segunda, [...] que não se podem suportar nem tolerar as ameaças contra os magistrados porque, novamente, estamos em uma democracia", acrescentou.

"E a terceira, [...] que o direito é o mesmo para todos", concluiu.

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