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Manifestantes ocupam prédio da Cehab para pedir moradia

Trezentas famílias de nove comunidades do Recife também realizaram ato na avenida Agamenom Magalhães

Silvio Costa (Avante) assinou termo de compromisso com UnicefSilvio Costa (Avante) assinou termo de compromisso com Unicef - Foto: Divulgação

Moradores de nove comunidades das zonas Norte e Central do Recife realizaram uma manifestação contra a PEC-55 e a reforma trabalhista e previdenciária propostas pelo Governo Federal, em apoio ao Dia Nacional de Lutas, que acontece nesta sexta-feira (25) em todo o país. O ato aconteceu por volta das 7h30 da manhã, na avenida Agamenon Magalhães. Por volta das 8h50, os manifestantes seguiram para o prédio da Companhia Estadual de Habitação e Obras (Cehab), onde esperam uma audiência com representantes do Governo Estadual para pedir soluções aos problemas de moradia que enfrentam.

Os manifestantes são cerca de trezentas famílias das comunidades Construindo um Sonho, Lutadores de Campo Grande, Comunidade do Bandepe, Ilha de Joaneiro, Chié, e das localidades João de Barro, Santo Amaro, Arruda, Chão de Estrelas, João de Barro, Casa Amarela e Águas Compridas. A ocupação é temporária, um ato simbólico, segundo eles para chamar a atenção do Estado para o abandono dos moradores, porque muitas comunidades já têm terrenos, mas o Governo não fez solicitação nem abriu chamada pública para autorizar a construção de moradias.

De acordo com o coordenador do Movimento Nacional de Luta pela Moradia, Paulo André, a ocupação da Cehab acontece porque o movimento tem uma pauta represada no órgão. “Nós temos muitas comunidades aqui que estão em situação de risco, de despejo, e outras que estão precisando só que o Governo tome algumas medidas para que os terrenos sejam liberados e a gente possa viabilizar a construção de moradia popular. Há famílias que estão há quase uma década aguardando moradia”.

O diretor coordenador do movimento Organização e Luta por Moradia Digna em Pernambuco (OLMD), Alexandre Alves, explica que esse é um ato de revolta e cobrança, já que o órgão se recusa a dar auxílio e assistência aos moradores, mesmo àqueles que sofreram com a perda das casas em incêndios, como o que aconteceu na comunidade Construindo um Sonho. Ele afirma que os moradores estão inscritos na Cehab, aguardando a chamada pública do terreno que já está ocupado por essas famílias.

O movimento pede uma reunião com o núcleo que o governador Paulo câmara criou, que é o vice-governador, Raul Henry, o secretário da Casa Civil, Antônio Figueira, e o diretor presidente da Cehab, Marcos Baptista Andrade. O movimento seguirá para o ato que acontecerá no Derby, às 15h. 

Procurada pela reportagem do Portal FolhaPE, a Secretaria de Habitação de Pernambuco (SecHab) se manifestou por meio de nota. Confira na íntegra:

"1 – Uma comissão será recebida por um representante da SecHab para ouvir as reivindicações;

2 – Reforçamos que a SecHab mantém diálogo permanente, por meio de reuniões, com movimentos sociais e comunidades, conhecendo as suas demandas.

3 - Ressaltamos que a Companhia Estadual de Habitação e Obras (Cehab/PE), órgão vinculado à SecHab, por meio da Gerência de Projetos Sociais (GPS), também realiza atendimento à comunidade em geral retirando dúvidas e acompanhando as famílias inseridas em áreas onde são executadas obras estruturadoras por meio da SecHab."

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