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Médico que gravou áudio sobre arrastão na Agamenon sustenta versão

Segundo a Polícia Militar, o que houve no local foi um princípio de protesto

Vereadora Marília ArraesVereadora Marília Arraes - Foto: Reprodução/Instagram

O médico que gravou o áudio difundido pelas redes sociais no Recife nesta quinta-feira (20) falando que um arrastão estaria acontecendo na avenida Agamenon Magalhães sustentou, em entrevista ao Portal FolhaPE, sua versão dos fatos, mesmo com a Polícia Militar tendo dito que não houve assaltos.

Segundo o homem, ele dirigia pela Agamenon, pouco depois do meio-dia desta quinta, no sentido Olinda-Recife. Ao se aproximar do viaduto da avenida Norte, notou um retenção no tráfego. "Não estranhei de início porque ali às vezes tem blitz. Depois, pude ver que tinha gravetos espalhados pelo chão", conta. Quando finalmente parou, contou haver visto diversos jovens, que ele acredita serem menores de idade, embaixo do viaduto, descalços e com camisas enroladas no rosto, com pedras e ferros nas mãos, além de alguns com o que pareciam ser coquetéis molotov (bombas caseiras). "Ficou óbvio pra mim que era um arrastão", disse, reforçando que ninguém portava arma.

Nesse momento, de acordo com o médico, alguns carros deram ré e seguiram na contramão, buscando rotas de fuga. "O carro da minha frente foi depredado", alegou o homem. Parte do grupo de supostos assaltantes seguiu os carros que usaram uma saída lateral, em direção à avenida Norte, e um grupo menor permaneceu bloqueando a Agamenon Magalhães.

Com o bloqueio menor, o médico contou que um motoqueiro tentou passar pela barreira, mas foi derrubado pelos que bloqueavam a via. "Chegaram a arremessar um coquetel molotov em direção a ele", lembra. "Foi aí que abriu uma brecha no bloqueio e eu consegui passar. Eu mandei o recado no áudio apenas para um grupo porque sabia que algumas pessoas que trabalham comigo em Olinda fariam o mesmo trajeto. Na sequência, liguei para o 190 para chamar a polícia. Não anotei o número do protocolo porque estava dirigindo e muito nervoso", conta.

Ele contesta a versão da Polícia Militar de que o ato seria um protesto de moradores. "É um absurdo a PM dizer simplesmente que não aconteceu porque a gente se sente mais inseguro ainda. Todo mundo conhece alguém que já foi assaltado esse ano. A Agamenon é o principal corredor da cidade e é comum isso acontecer", protestou. "Se isso é um protesto, o que será crime?", completou.

A Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) afirmou que não registrou, na área do ocorrido, assaltos. A companhia alega que as imagens que possui mostram apenas aglomeração de pessoas na lateral da via.

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