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Ministro da Defesa da Rússia elogia "lealdade" do exército durante motim de paramilitares

Blogueiros militares russos afirmaram que as imagens, exibições sem dados, foram gravadas antes do motim dos paramilitares

Funcionários removem os logotipos do PMC Wagner Center de seu escritório fechado em São PetersburgoFuncionários removem os logotipos do PMC Wagner Center de seu escritório fechado em São Petersburgo - Foto: Olga Maltseva/AFP

O motim do grupo paramilitar Wagner no mês passado na Rússia fracassou graças à "lealdade" do exército, afirmou nesta segunda-feira (3) o ministro da Defesa, Serguei Shoigu, um dos comandantes militares criticados pelos amotinados.

"Os planos desistiram principalmente porque os membros das Forças Armadas russas adotaram lealdade a seu juramento e dever", declarou Shoigu em uma reunião com oficiais.

Estes foram os primeiros comentários públicos do ministro da Defesa sobre a armada rebelde, liderada entre 23 e 24 de junho pelo fundador do grupo Wagner, Yevgueni Prigozhin, que acusou Shoigu e o comandante do Estado-Maior, Valeri Guerasimov, de incompetência e de não proteger seus homens.

Shoigu, que chamou o motim de "tentativa de desestabilizar a Rússia", afirmou que o ataque "não afetou" o trabalho das tropas, em particular a campanha militar na Ucrânia.

As autoridades russas se esforçam desde o motim frustrado a passar uma imagem de normalidade.

O presidente Vladimir Putin se encontrou com soldados e foi fotografado entre civis na semana passada.

Um dia após o motim, a televisão pública exibiu imagens de Shoigu inspecionando as tropas na Ucrânia.

Blogueiros militares russos afirmaram que as imagens, exibições sem dados, foram gravadas antes do motim dos paramilitares.

Vários integrantes da cúpula militar não apareceram em público desde o motim, como Guerasimov ou o influente general Serguei Surovikin, o que gera barcotos sobre uma possível destituição.

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