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Moradores destroem centro contra coronavírus na Costa do Marfim

População se manifestou contra a instalação de um centro contra o coronavírus por estar perto de uma área residencial

Outdoor em Abidjan, Costa do MarfimOutdoor em Abidjan, Costa do Marfim - Foto: ISSOUF SANOGO / AFP

Os moradores de um bairro operário de Abidjan destruíram violentamente, neste domingo (5), um centro em construção para a luta contra a pandemia do novo coronavírus, informaram comandos policiais e o ministério da Saúde. Em vídeos que circulam pelas redes sociais, dezenas de pessoas aparecem desmontando uma barraca em obras. Alguns gritavam, "Não queremos!"

Os fatos ocorreram em uma grande praça de Yopougon, em Abidjan, capital econômica do país, com uma população de cinco milhões de habitantes.

"A população se manifestou contra a instalação de um centro contra o coronavírus porque avalia que está perto demais de uma área residencial", explicou à AFP um comando policial que pediu para ter sua identidade preservada.

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O edifício, ainda em construção, não foi concebido como um centro de tratamento dos doentes, mas um "centro de testes", afirmou um funcionário do ministério da Saúde, que também pediu o anonimato.

Esta é a primeira vez que se manifestam incidentes relacionados à pandemia de COVID-19 na Costa do Marfim, país da África ocidental pouco afetado, segundo o balanço oficial (no domingo havia 261 casos e três mortes).

No entanto, as autoridades marfinenses temem uma expansão da epidemia e estão aumentando a capacidade de atenção.

Foram tomadas medidas estritas para combater a pandemia: quarentena em Abidjan, isolada do resto do país, toque de recolher noturno em todo o território, fechamento de todas as lojas não essenciais, colégios e locais de culto, proibição de reuniões. Por enquanto, não há confinamento.

O governo anunciou na terça-feira um plano de apoio global, equivalente a 2,6 bilhões de euros (2,8 bilhões de dólares) para fazer frente às consequências econômicas e sociais da pandemia. Prevê que o crescimento encolherá pela metade, a 3,6% em 2020.

Acompanhe a cobertura em tempo real da pandemia de coronavírus

 

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