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Moradores do Ibura de Baixo pedem sinalização em rua

Via localizada no Ibura de Baixo não tem placas nem faixas, apesar de existir nas proximidades uma escola, três igrejas e um posto de saúde

Rua Emilio Monteiro Fonseca, no Ibura de BaixoRua Emilio Monteiro Fonseca, no Ibura de Baixo - Foto: Julya Caminha/Folha de Pernambuco

Os moradores do Ibura de Baixo, na Zona Sul do Recife, reclamam da falta de sinalização e de segurança no trânsito ao longo da rua Emilio Monteiro Fonseca, onde o fluxo de veículos é intenso e existem uma escola, três igrejas e um posto de saúde nas proximidades. Sem placas, faixas ou qualquer tipo de orientação de trânsito ao longo da via, os acidentes já fazem parte do cotidiano das pessoas. Em julho, uma moto atropelou duas crianças. Uma delas ainda se recupera em cadeira de rodas.

Desde 2015, a rua recebeu um maior fluxo de carros, motos e veículos, porque passou a servir de desvio da avenida Dois Rios e é caminho para o Terminal de Ônibus de Jordão Baixo. A circulação de pessoas também é intensa no local devido à presença das escolas, igrejas e unidade de saúde. O motorista Alexsandro Gomes, 34, disse que diversas reclamações das instituições e moradores foram feitas, sem sucesso. Segundo eles, os órgãos responsáveis alegaram que não havia necessidade de instalação de um semáforo na via, já que existe ali uma lombada.

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“Tem uma curva que dá nessa rua que é conhecida como a ‘curva da morte’. Já virou rotina ver acidentes e até tombamentos”, diz o motorista. “Nasci e me criei aqui e acho um absurdo ter que ver idosos e crianças correndo para atravessar a rua. Todo mundo aqui pode contar que presenciou alguma cena de risco, por exemplo.”

Foi poucos metros antes da lombada - que não possui nenhuma sinalização ou placa - que a estudante Ana Clara, de 11 anos, foi atingida por uma moto em alta velocidade. Ela, que estava com uma amiga atravessando para chegar em casa, diz que se lembra apenas de ter visto um capacete preto se aproximando, até que se viu do outro lado da rua, no chão. A mãe dela, Vânia Maria da Silva, estava em casa no momento do acidente e relata o tormento desde então. “No dia, eu desmaiei várias vezes, mas conseguimos levar ela para o Hospital da Restauração.

Segundo ela, o motociclista não prestou nenhuma ajuda. A mulher afirma que ela mesma quase foi vítima de acidentes na rua, porque os veículos transitam em alta velocidade. A menina Ana Clara quebrou os dentes da frente e fraturou o fêmur, e ainda está em uma cadeira de rodas se recuperando do atropelamento.

A vendedora Débora Rodrigues, 23, presenciou o acidente. Ela disse que enquanto a criança estava deitada no chão, veículos insistiam em ultrapassar e desrespeitar a vítima. “Foi horrível, a velocidade das motos é algo que preocupa todo mundo e, nesse dia, uma atingiu a criança, tão pequena e magrinha. A rua é muito larga, então acredito que se instalassem um semáforo eles iriam respeitar mais os pedestres”, afirma.

Em nota, a Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU) informou que a equipe de engenharia responsável pelo tráfego estuda possíveis soluções para a via que envolvam fluidez e segurança. “Uma equipe será enviada para a rua Emilio Monteiro Fonseca, no Ibura de Baixo, para verificar a situação e inserir a via no cronograma de manutenção viária”, esclareceu o órgão.

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