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Mortes pela Covid-19 no mundo beiram os 255 mil

EUA, Grã-Bretanha e Itália são os países mais afetados pelo novo coronavírus. Governos fazem reabertura gradual

EspanhaEspanha - Foto: Javier Soriano / AFP

A suspensão do confinamento progredia, nesta terça-feira (5), em vários países do mundo, na tentativa de reativar as economias atingidas pela pandemia do novo coronavírus, que já matou quase 255 mil pessoas e continua a avançar, principalmente nos Estados Unidos, Reino Unido, Brasil e Rússia.

O Reino Unido se tornou o primeiro país europeu a superar as 30 mil mortes pela Covid-19, à frente da Itália e da Espanha, e se tornou o segundo mais afetado atrás dos Estados Unidos.

De acordo com várias agências de estatística da Grã-Bretanha, as mortes presumidas pela Covid-19 somam 32.313, um recorde impensável há dois meses, quando os britânicos registraram seu primeiro óbito e o primeiro-ministro Boris Johnson seguia distribuindo apertos de mão antes de contrair a doença.

Nos Estados Unidos, apesar da queda nas infecções diárias e em meio ao abrandamento do confinamento em alguns estados, o governo previu uma continuidade das mortes, que já somam 70.115.

Washington estimou que a taxa de infecções poderia aumentar oito vezes, para 200 mil por dia, até 1º de junho, e o número de mortes diárias poderia subir para três mil.

Essas projeções sombrias surgem em meio à esperança de que o pico da pandemia tenha sido superado na maior parte da Europa após dois meses de confinamento, e quando vários países - encorajados pela desaceleração das infecções - amenizam as medidas restritivas.

Segundo balanço atualizado às 16h (de Brasília) pela agência AFP, com base em fontes oficiais, no mundo foram registradas ao menos 254.532 mortes (de mais de 3.629.160 casos).

Desde o começo da pandemia, a Europa somava 147.179 falecidos (1.595.147 contágios); os Estados Unidos e o Canadá, 74.236 (1.254.987); a América Latina e o Caribe, 14.433 (273.727); a Ásia, 9.525 (253.724); o Oriente Médio, 7.141 (195.116); a África, 1.894 (48.288); e a Oceania, 124 (8.175).

Na América Latina, o Brasil, cujo presidente Jair Bolsonaro incentiva a abertura das atividades e desacredita as medidas preventivas, é de longe o mais afetado, totalizando 107.780 casos e 7.321 mortes.

Os mercados financeiros, por outro lado, encontraram algum alívio nesta terça-feira pela reabertura parcial na Europa e nos Estados Unidos, com aumentos nas ações e no preço do petróleo.

Mas nada conseguiu impedir a escalada de tensões entre os Estados Unidos e a China, depois de acusações do governo Donald Trump de que o vírus surgiu em um laboratório chinês, uma teoria que a Organização Mundial da Saúde (OMS) descreveu como "especulativa".

Rússia, novo foco de contágios

Na Europa, a Rússia se tornou o novo foco do vírus, com o maior número de novas infecções e mais de 155 mil casos.

"Aparentemente, a ameaça está crescendo", disse o prefeito de Moscou, Sergei Sobyanin, que pediu aos cidadãos que respeitem o confinamento. O impacto do confinamento se refletiu na violência doméstica: as queixas no país mais que dobraram.

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Registros de Covid-19 se estabilizam na Espanha
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 Também no velho continente, a Baviera, o maior estado da Alemanha, anunciou a reabertura de restaurantes a partir de meados de maio, aumentando a pressão sobre a chanceler Angela Merkel para aliviar as medidas restritivas que levaram a economia à recessão.

Com muitas precauções, cerca de quinze estados relaxaram suas medidas de contenção nesta segunda-feira (4). Locais de culto e museus foram reabertos na Alemanha e filas se formaram em salões de cabeleireiros.

Na Itália, que sofreu um forte golpe da Covid-19, os parques voltaram a abrir. A Espanha, outro dos países mais atingidos, com 25.613 mortes, iniciou um desconfinamento por fases, enquanto o desemprego afeta 3,83 milhões de pessoas, 8% a mais do que em março.

No Reino Unido, mais de seis milhões de pessoas estão sob o mecanismo de desemprego parcial. A França se prepara para levantar sua quarentena na próxima semana e o prefeito de Paris anunciou que algumas ruas serão reservadas para bicicletas, para limitar a multidão no transporte público.

Países como Índia, Portugal, Sérvia, Bélgica, Áustria, Turquia, Israel, Nigéria, Tunísia ou Líbano também começaram a facilitar a liberdade de movimento.

Acompanhe a cobertura em tempo real da pandemia de coronavírus

 

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