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Advogado diz representar 'vários' informantes contra Trump

"Posso confirmar que meu escritório e minha equipe representam vários denunciantes" ligados ao caso, tuitou Bakaj sobre as denúncias de abuso de poder contra Trump

Presidente dos Estados Unidos, Donald TrumpPresidente dos Estados Unidos, Donald Trump - Foto: Nicholas Kamm / AFP

O advogado americano Andrew Bakaj disse, neste domingo (6), que seu escritório representa "vários" denunciantes relacionados ao caso de suspeita de abuso de poder, por parte do presidente Donald Trump.

Bakaj representa o oficial de Inteligência que acusou Trump, anonimamente, de usar sua posição para pressionar o presidente ucraniano a investigar seu adversário político Joe Biden e o filho do democrata, Hunter.

"Posso confirmar que meu escritório e minha equipe representam vários denunciantes" ligados ao caso, tuitou Bakaj. Também neste domingo, a rede ABC News noticiou que um segundo informante está disposto a dar seu testemunho e corroborar as informações sobre a suposta tentativa de Trump de pressionar o presidente da Ucrânia para obter vantagens políticas.

De acordo com a ABC News, o advogado Mark Zaid, sócio de Bakaj, contou que o segundo denunciante é um oficial de Inteligência que "tem conhecimento de primeira mão de algumas das alegações destacadas na denúncia original e foi entrevistado pelos responsáveis por vigiar internamente a comunidade de Inteligência".

Este segundo denunciante foi ouvido pelo inspetor-geral dos serviços de Inteligência, Michael Atkinson, afirmou Zaid, citado pela emissora ABC. Ainda não entrou em contato, porém, com as comissões legislativas que fazem a investigação.

Recentemente, Zaid disse à revista "Washingtonian" esperar que a identidade do informante original, acusado por Trump de ser um traidor, nunca seja tornada pública.

Seu sócio, Bakaj, já trabalhou tanto no escritório do inspetor-geral quanto na CIA, assim como no Departamento da Defesa, em assuntos relacionados a denunciantes. O senador republicano Ron Johnson, membro do Comitê de Relações Exteriores, foi ao programa "Meet the Press" da NBC e rejeitou a sugestão de que Trump tenha segurado a ajuda militar para pressionar a Ucrânia a investigar os Biden.

"Quando perguntei ao presidente sobre isso, negou categoricamente, com veemência e irritação", relatou Johnson. Em dois tuítes neste domingo, o presidente Donald Trump também rejeitou as acusações, mas não fez menção ao segundo denunciante.

Trump repetiu a afirmação de que Hunter Biden havia recebido "100.000 dólares ao mês de uma empresa com sede na Ucrânia, apesar de não ter experiência em energia... e, em separado, recebeu 1,5 bilhão de dólares da China, apesar de não ter experiência e por nenhuma razão aparente".

"Tenho uma obrigação de investigar um caso de possível, ou provável corrupção!", acrescentou. Segundo matérias da imprensa americana, Hunter Biden recebeu até 50.000 ao mês como membro da diretoria de uma companhia de gás ucraniana, Burisma. Não se encontrou evidência de que Biden tenha feito algo ilegal.

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