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Ataque no Iraque foi 'tapa na cara' dos EUA, diz líder supremo do Irã

'O que importa é que a presença corrupta dos Estados Unidos nesta região tem que terminar', frisou o aiatolá Ali Khamenei

Ali Khamenei, guia supremo do IrãAli Khamenei, guia supremo do Irã - Foto: AFP

Horas depois do ataque feito pelo Irã a bases militares no Iraque, o governo iraniano celebrou a operação, cujos detalhes vão sendo conhecidos aos poucos. O aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, disse em discurso na TV que o ataque foi um "tapa na cara" dos Estados Unidos. "O que importa é que a presença corrupta dos Estados Unidos nesta região tem que terminar", frisou.

Khamenei já havia pedido uma vingança severa pela morte de Qassim Suleimani, general morto em 3 de janeiro em um ataque americano perto do aeroporto de Bagdá. Por volta de 1h30 desta quarta (19h em Brasília), o Irã disparou ao menos 22 mísseis balísticos contra duas bases americanas no Iraque, uma em Ain al Assad, no oeste do país, e em outra próxima ao aeroporto de Erbil, quarta maior cidade do Iraque e capital da região autônoma do Curdistão, no norte.

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O Pentágono confirmou os ataques, mas não falou sobre vítimas dos EUA. O Exército iraquiano disse que não teve perdas entre seus soldados. A TV estatal iraniana disse que 80 militares americanos morreram no ataque ao Iraque, citando uma fonte da Guarda Revolucionária, divisão responsável pela operação. Informou também que teria havido grande perda de equipamentos militares, como helicópteros.

O governo iraquiano revelou nesta quarta-feira (8) que foi informado pelo Irã de que haveria um ataque iminente contra bases em seu território. "Recebemos uma mensagem verbal oficial do Irã de que a resposta ao assassinato de Qassim Suleimani tinha começado ou ia começar em instantes, e que o ataque seria limitado aos locais onde estão instaladas as forças dos Estados Unidos, sem precisar os locais", disse um comunicado do gabinete do premiê Adel Abdul Mahdi.

Já o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, advertiu o Irã, nesta quarta, que dará uma resposta "retumbante", caso seu país seja atacado. No domingo, uma autoridade iraniana havia ameaçado transformar cidades israelenses em "pó", "se os Estados Unidos reagirem à resposta militar" iraniana, após a morte de Suleimani. Nesta quarta, Netanyahu classificou Suleimani de "chefe terrorista" e de "arquiteto da campanha de terror" no Oriente Médio.

O premiê israelense, que considera o Irã o principal inimigo de Israel, manifestou sua solidariedade aos Estados Unidos, em uma entrevista coletiva em Jerusalém, na presença do embaixador americano em Israel, David Friedman. O presidente dos EUA, Donald Trump, deve fazer um pronunciamento nesta manhã sobre a situação.

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