Dirigentes do EI deixam Raqqa, na Síria, diz Pentágono
Além da cidade de Mossul no Iraque, Raqqa é o outro grande objetivo da coalizão internacional
Os dirigentes do grupo Estado Islâmico (EI) começaram a deixar a cidade síria de Raqqa, sua capital de fato, fugindo do avanço da aliança árabe-curda apoiada pela coalizão internacional contra os extremistas - informou o Pentágono nesta sexta-feira (17).
"Começamos a ver que muitos dirigentes de alto escalão do EI, muitos de seus quadros, começam a deixar Raqqa", disse o porta-voz do Pentágono, Jeff Davis.
"Evidentemente, levaram em conta o fato de que seu final em Raqqa está próximo", acrescentou, evocando uma retirada "muito organizada e muito ordenada".
Além da cidade de Mossul no Iraque, Raqqa é o outro grande objetivo da coalizão internacional.
As Forças Democráticas Sírias, uma aliança árabe-curda, lançaram uma ofensiva em 6 de novembro, com o objetivo inicial de "isolar" a cidade síria, cortando todas as vias de comunicação com o exterior. Para o Pentágono, o propósito foi alcançado.
Segundo o Exército americano, os extremistas dispõem de mais de uma rota de saída, no sudeste da cidade. Essa via corre ao longo do rio Eufrates e é a "única comunicação que têm com seu califado", indicou Davis.
Os caminhos para o norte e oeste estão bloqueados pelas Forças Democráticas Sírias (FDS) e, no sul, pela destruição das pontes sobre o Eufrates, completou o porta-voz do Pentágono.
Fica a incerteza sobre o papel que terá o componente curdo das FDS, a milícia YPG, que provou sua eficácia no combate, mas que é considerada um grupo terrorista pela Turquia.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, propôs à coalizão envolver as forças turcas na Síria.
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