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Em ato contra pivô de escândalo, sul-coreano ataca prédio com escavadeira

Homem disse que "veio para ajudá-la a morrer", referindo-se a uma amiga da presidente do país

Deputado estadual Diogo Moraes (PSB)Deputado estadual Diogo Moraes (PSB) - Foto: Jarbas Araújo/Alepe

A polícia da Coreia do Sul deteve nesta terça-feira (1º) um homem que avançou com uma escavadeira em direção a um prédio onde promotores interrogavam uma mulher pivô de um escândalo que ameaça a presidente do país.

A mulher havia dito anteriormente que "merece morrer" por seu envolvimento no escândalo, e o homem da escavadeira disse que "veio para ajudá-la a morrer".

O ataque com a máquina de construção contra um edifício do governo acontece na esteira de um frenesi na Coreia do Sul em torno da mulher, Choi Soon-sil, detida por promotores que investigam se ela usou sua conexão com a presidente Park Geun-hye para manipular o governo pelos bastidores e para acumular fortuna de maneira ilícita.

Choi foi hostilizada por uma multidão de manifestantes e jornalistas na segunda-feira (31) enquanto tentava entrar no prédio da promotoria em Seul para depôr. Pessoas presentes no local pediam o sentenciamento dela e a renúncia da presidente Park.

"Por favor, me perdoem", disse Choi aos prantos na segunda no prédio da promotoria. "Eu cometi um pecado que merece a morte", acrescentou.

Segundo policiais, o acusado de avançar contra o edifício com sua escavadeira, um homem de 45 anos identificado pelo sobrenome Jeong, disse às autoridades que "já que Choi Soon-sil afirmou ter cometido um pecado que merece a morte, eu vim aqui para ajudá-la a morrer".

Não se sabe se Choi estava no prédio no momento do ataque, que feriu um guarda e danificou o portão do estabelecimento.

Na semana passada, em meio a especulações, a presidente Park reconheceu que Choi havia editado alguns de seus discursos e que havia oferecido ajuda nas relações públicas do governo.

Outros relatos indicam que Choi tinha uma participação maior nos assuntos do governo, embora não fosse funcionária, e que ela teria feito mau uso de dinheiro destinado a projetos beneficentes após pressionar por doações de empresas.

Há rumores de que Choi criou um grupo secreto chamado "as oito fadas" para aconselhar a presidente pelos bastidores.

Choi é próxima da presidente desde que seu pai, líder de um culto religioso, ganhou a confiança de Park, supostamente por tê-la convencido de que poderia se comunicar com a mãe dela, assassinada.

O escândalo levou Park a exonerar assessores de confiança e a enfrentar pressões por seu impeachment na opinião pública e nas ruas.

Coreia do Norte

A Coreia do Norte reagiu nesta terça ao escândalo de corrupção no país vizinho, dizendo que é o resultado inevitável de um regime corrupto.

A KCNA, agência de notícias oficial do regime de Pyongyang, disse que o escândalo do qual Choi é pivô é "um odioso caso de corrupção movido pelo poder sem precedentes na história da Coreia do Sul. "

O "Rodong Sinmun", jornal oficial do Partido Comunista norte-coreano, afirmou que a administração sul-coreana é "a mais deformada, anormal e estúpida na sociedade contemporânea" e que a presidente Park é um "boneco colonial".

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