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Explosão em show de Ariana Grande em Manchester deixa vários mortos

Polícia confirmou 19 mortes e pelo menos 50 feridos em ato classificado como terrorismo

Polícia em área próxima da Arena ManchesterPolícia em área próxima da Arena Manchester - Foto: PAUL ELLIS / AFP

Ao menos 19 pessoas morreram e 50 ficaram feridas na noite desta segunda-feira, em um atentando em um show da cantora americana Ariana Grande na cidade britânica de Manchester, informou a Polícia.

"Até agora foram confirmados 19 mortos e 50 feridos", anunciou a Polícia de Manchester em um comunicado, informando que trata-se de "um atentado terrorista até que se prove o contrário".

A polícia recebeu o aviso da explosão na Manchester Arena, com capacidade para 21 mil pessoas, às 22H35 (18H35 Brasília). "Trabalhamos para determinar todos os detalhes do que está sendo investigado pela polícia como um horrível atentado terrorista", disse a primeira-ministra britânica Theresa May.

Posteriormente, a polícia realizou a explosão controlada de um objeto que continha roupa, e não uma bomba. "Os agentes realizaram uma explosão controlada por precaução no jardim da catedral e verificaram que tratava-se de roupa abandonada".

A cantora americana têm grande apelo junto aos adolescentes e o público que assistiu ao show, a julgar pelos primeiros testemunhos, não passava, na maioria dos 20 anos. A apresentação faz parte da turnê mundial da cantora, que está passando pelo Reino Unido e termina na Itália, no dia 17 de junho. "É tão triste, estava cheio de moças lindas", contou à Sky News Jenny Brewster, que acompanhou a filha em seu primeiro show.

Pouco antes das 23h00 locais (19H00 de Brasília), começaram a circular nas redes sociais notícias de duas explosões no pavilhão britânico, ao final do concerto, enquanto algumas testemunhas também falaram de disparos. Um porta-voz da cantora contou à BBC que ela estava bem.

Na falta de uma reação imediata da primeira-ministra britânica, Theresa May, o líder da oposição, o trabalhista Jeremy Corbyn, lamentou "o terrível incidente de Manchester". "Meus pensamentos estão com todos os afetados e com nossos eficientes serviços de emergência", escreveu Corbyn no Twitter.

Imagens da TV mostraram a polícia e os serviços de emergência chegando em grande número no pavilhão, enquanto o serviço ferroviário na vizinha estação Manchester Victoria foi paralisado e os passageiros, evacuados.




Internautas estão usando a hashtag #RoomForManchester (quarto em Manchester, em tradução livre) para sinalizar solidariedade com as vítimas e oferecer espaços para aqueles que estão longe de casa passarem a noite. Conseguir transporte para sair da área é difícil, já que a estação ferroviária Manchester Victoria foi fechada devido ao ocorrido.

"Uma explosão e uma centelha"
"Eu e minha irmã, junto a muitos outros, estávamos vendo Ariana Grande se apresentar no Manchester Arena, e estávamos saindo do pavilhão por volta das 10H40-10h45 da noite, quando se ouviu uma grande explosão e todos tentamos fugir do pavilhão", relatou o espectador Majid Khan, de 22 anos. "Todo mundo no lado do pavilhão onde se ouviu a explosão veio de repente correndo para nós", acrescentou.

Outra espectadora, Isabel Hodgins, disse à Sky News que "cheirava a queimado, tinha muita fumaça quando saímos". "Estamos apavoradas, tivemos sorte de sair sãs e salvas", acrescentou.

Jade Baynes, de 18 anos, contou que a Polícia mandou que saísse correndo do local. "Houve um forte estrondo e uma centelha, e todo mundo saiu correndo".

"Ariana Grande acaba de se retirar por trás da cortina e haviam ligado as luzes quando houve essa grande explosão e uma nuvem de fumaça. Vi cinco pessoas ensanguentadas", disse ao jornal The Guardian um jovem de Sheffield (norte da Inglaterra).

A empresa ferroviária National Rail anunciou em um comunicado que "os serviços de emergência se ocupam de um incidente no Manchester Arena. Como a Manchester Victoria está perto do pavilhão, a estação foi evacuada e todas as linhas, fechadas".

O grau de ameaça de atentados no Reino Unido é "severo", o segundo mais elevado das autoridades, e significa que é altamente provável a ocorrência de atentados. O primeiro grau é "crítico", que se ativa em caso de ameaça iminente.

O ataque precedente no Reino Unido ocorreu em março, quando um homem lançou seu carro na direção de pedestres que passeavam perto do Parlamento, antes de matar um policial que vigiava o edifício, deixando no total seis mortos. O agressor acabou sendo executado.

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