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Forças iraquianas chegam a Mossul, reduto do EI

As forças de elite entraram pelo Leste na cidade de Mossul, assumindo posições no bairro periférico de Judaidat al-Mufti, de acordo com o centro de comando das forças armadas.

Ex-prefeito do Recife João Paulo (PT)Ex-prefeito do Recife João Paulo (PT) - Foto: Reprodução de vídeo

 

Os soldados iraquianos conseguiram entrar ontem em Mossul, iniciando a “verdadeira” batalha para recuperar a maior cidade tomada pelos extremistas do grupo Estado Islâmico (EI).
As forças de elite entraram pelo Leste na cidade de Mossul, assumindo posições no bairro periférico de Judaidat al-Mufti, de acordo com o centro de comando das forças armadas. “Este é o início da verdadeira libertação para a cidade de Mossul”, anunciou o general Taleb Cheghati al-Kenani, comandante do serviço anti-terrorista iraquiano .
“Nosso objetivo final é a libertação” total de Mossul, acrescentou o oficial iraquiano, evocando combates violentos com os extremistas.

Especialistas esperam que os combatentes do EI, que seriam entre três mil e cinco mil na cidade, de acordo com estimativas americanas, vão resistir até o fim pa­ra manter seu reduto, onde seu líder Abu Bakr al-Baghdadi tinha proclamado um “califado” sobre os territórios conquistados no Iraque e na Síria em 2014.

Ofensiva

A ofensiva para retomar Mosul começou no último dia 17 de outubro, mas foram necessárias duas semanas para que o Exército conseguisse entrar na cidade, que fica no Norte do país. A conquista, em 2014, foi determinante para a ascensão do EI, assim como sua retomada é crucial para derrotar o grupo. As tropas que lutam para tirá-la do EI reúnem 80 mil soldados, entre forças curdas, divisões do Exército e milícias xiitas.

Existe o temor de que os combates em Mossul gerem uma crise humanitária sem precedentes. Milhares de civis fo­gem das áreas controladas pelo Estado Islâmico à medida que a ofensiva avança.
Até ontem, mais de 17.900 pessoas haviam fugido, segundo a Organização Internacional para as Migrações. A ONU estima que 1,5 milhão de pessoas vivam em Mossul, e considera que o fluxo de deslocados vai aumentar, podendo chegar a um milhão de pessoas e causar uma catástrofe humanitária.

 

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