Furacão Matthew deixa danos, mas nenhuma vítima em Cuba
Em Maisí, cidade atravessada pelo olho do furacão, todos os telhados laminados das casas foram arrancados
As autoridades cubanas não informaram vítimas fatais com a passagem do furacão Matthew, mas duas cidades costeiras do leste da Ilha seguiam isoladas nesta sexta-feira (7) - informou a imprensa oficial. A província de Guantánamo foi arrasada na noite de terça-feira (4) por Matthew, o furacão mais violento a atingir o Caribe em uma década.
Em Maisí, cidade atravessada pelo olho do furacão, todos os telhados laminados das casas foram arrancados, enquanto Imías permanecia sem eletricidade nesta sexta-feira (7). As duas cidades continuam inacessíveis por terra, com as estradas bloqueadas por rochas, relatou a imprensa estatal, assegurando que as reservas de água e de alimentos são suficientes para a população.
Baracoa, de 82 mil habitantes e cidade mais antiga da Ilha, foi a mais afetada pelo furacão e permanecia devastada nesta sexta (7). O acesso por terra foi reaberto na quinta-feira, mas os serviços elétrico e telefônico permaneciam suspensos em Baracoa, onde a maioria dos telhados foi arrancada, constatou a AFP.
Três dias após a passagem de Matthew, a rua principal da cidade seguia coberta de escombros - árvores, telhas, caixas d'água e até móveis e eletrodomésticos - e a população reclamava da demora da ajuda. Na quarta-feira (5), os municípios de Maisí, Baracoa, Imías e San Antonio del Sur, totalizando 158 mil habitantes, ficaram isolados e sem comunicações pela passagem de Matthew.
Desde então, as estradas para San Antonio del Sur e Baracoa foram reabertas, e o socorro aéreo chegou aos demais municípios. As autoridades cubanas não informaram sobre qualquer vítima e atribuíram esse resultado às campanhas de informação e à evacuação preventiva de mais de 1,3 milhão de pessoas.