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Greve de caminhoneiros afeta abastecimento em Portugal

Os sindicatos em greve, que exigem aumentos salariais, acusaram as empresas de transporte de pressionar os motoristas

Greve dos caminhoneiros em PortugalGreve dos caminhoneiros em Portugal - Foto: Patrícia de Melo Moreira/AFP

O Governo português ordenou nesta segunda-feira que os transportadores voltem ao trabalho, no primeiro dia de uma greve indefinida que ameaça o abastecimento de combustível em pleno período de férias no país. "Não tinha outra solução", declarou em coletiva de imprensa o secretário de Estado, Tiago Antunes, porta-voz do Governo, ao fim de um conselho extraordinário de ministros.

Depois de verificar que os serviços mínimos foram respeitados no período da manhã, o primeiro-ministro, Antônio Costa, declarou que a situação evoluiu negativamente, abrindo caminho para a mobilização de operadoras.

Parte dos 500 policiais e gendarmes que foram treinados para dirigir caminhões-tanque tiveram que ser mobilizados para substituir os grevistas. Uma das disposições de mobilização também permitirá que os militares cumpram essa função, informou o governo. 

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A medida será implementada "nas regiões e setores onde os serviços mínimos não foram respeitados", afirmou, citando aeroportos e a região do Algarve (sul), onde muitos turistas portugueses e estrangeiros passam o verão.

No aeroporto de Lisboa, o "ritmo de abastecimento é insuficiente", disse um porta-voz da gestora de aeroporto portuguesa ANA, afirmando que medidas de racionamento foram implementadas no reabastecimento da aeronave.

Na manhã de segunda-feira, comboios de caminhões-tanque saíram dos principais depósitos de combustível do país, escoltados pela polícia.

Os sindicatos em greve, que exigem aumentos salariais, acusaram as empresas de transporte de pressionar os motoristas a convencê-los a desistir do protesto e trabalhar além dos serviços mínimos impostos pelo governo.

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