Parlamento da Venezuela proibido de julgar Maduro, diz TSJ
A MUD cancelou uma marcha até o Palácio presidencial de Miraflores, prevista para 3 de novembro.
A sentença foi difundida três dias depois de o governo e a oposição acordarem em uma mesa de diálogo, auspiciada pelo Vaticano, trabalhar pela independência dos poderes públicos e resolver a situação de desacato em que o Parlamento se encontra por decisão do TJS. A oposição acusa o poder eleitoral e o TSJ de estarem a serviço do chavismo.
Na última segunda-feira, a oposição deu por concluída uma trégua concedida a Maduro no âmbito do diálogo para resolver a crise, e disse que retomará, em paralelo às negociações, a estratégia de pressão lançada contra o governo após a suspensão, em 20 de outubro, de um processo de referendo revogatório, com o qual tentava tirar Maduro do poder.
A coalizão Mesa da Unidade Democrática (MUD) tomou esta decisão após uma chuva de críticas de seus integrantes por não conseguir um compromisso na mesa de negociações para reativar o referendo ou uma antecipação das eleições como saída para a crise. A MUD cancelou uma marcha até o Palácio presidencial de Miraflores, prevista para 3 de novembro. Além da mobilização, os opositores adiaram um julgamento parlamentar para estabelecer a responsabilidade de Maduro na crise política e econômica que o país atravessa e declará-lo em "abandono do cargo".