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Rússia adota represália contra a UE no caso do ex-espião envenenado
O país se posiciona contra países europeus que decidiram na semana passada expulsar diplomatas russos
A Rússia começou nesta sexta-feira (30) a adotar medidas de represália contra os países europeus que decidiram na semana passada expulsar diplomatas russos pelo caso do ex-espião russo envenenado no Reino Unido, na mais importante série de expulsões recíprocas de diplomatas da história.
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O governo russo convocou ao ministério das Relações vários embaixadores de países da União Europeia (UE), incluindo França, Grã-Bretanha, Alemanha, Holanda e Polônia - para notificar as medidas de represália.
Países europeus
A embaixadora da Holanda, Renée Jones-Bos, foi a primeira a anunciar as sanções contra seu país. "Dois de meus colegas abandonam Moscou, mas nós (a embaixada) continuamos aqui", disse. A medida é equivalente à anunciada por Haia em 20 de março.O ministério das Relações Exteriores da Alemanha informou que a Rússia vai expulsar quatro diplomatas alemães em resposta à decisão de Berlim de enviar quatro agentes russos de volta ao país natal como parte do caso Skripal.
A Lituânia também informou a expulsão de três diplomatas de sua embaixada em Moscou, medida equivalente à adotada pelo governo de Vilna. Moscou também anunciou que deu a Londres o prazo de um mês para reduzir do número de funcionários diplomáticos na Rússia, para limitar ao mesmo número de diplomatas russos presentes no Reino Unido.
Em 17 de março, a Rússia anunciou a expulsão de 23 diplomatas britânicos e o fechamento do British Council e do consulado britânico de São Petersburgo. O Kremlin afirmou nesta sexta-feira que não é responsável pela "guerra diplomática".
"Não foi a Rússia que iniciou uma guerra diplomática (...) não foi a Rússia que iniciou as sanções ou a expulsão de diplomatas" declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.
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