Trump anuncia redução de impostos
A renda mediana das famílias nos EUA é ligeiramente acima de US$ 50 mil/ano
O governo Donald Trump anunciou na última quarta-feira (27) um plano de corte de impostos classificado pelo secretário do Tesouro, Steve Mnuchin, como "a maior reforma tributária" da história dos Estados Unidos. De acordo com o assessor econômico da Casa Branca, Gary Cohn, o plano corta a taxa máxima para as empresas de 39,6% para 35%, incluindo a redução de faixas tribuárias das atuais sete para três: 10%, 25% e 35%.
O plano também dobra a dedução padrão que casais podem pedir em sua declaração de Imposto de Renda para US$ 24 mil, enquanto mantém deduções para doações de caridade e pagamentos de juros de hipoteca.
Isso ocorre ao mesmo tempo em que Washington encara uma dívida pública crescente, com o presidente tentando cumprir suas promessas de levar empregos e prosperidade à classe média. O governo enfatizou que o foco do plano é simplificar o sistema tributário e ajudar os americanos de classe média. A renda mediana das famílias nos EUA é ligeiramente acima de US$ 50 mil/ano.
A proposta, no entanto, também corta deduções usadas pelos americanos mais ricos, como o imposto sobre propriedades e a taxa de 3,8% aplicada sobre investimentos, criada pelo ex-presidente Barack Obama para financiar o Obamacare. Republicanos no Congresso argumentam que cortes nos impostos vão incentivar o crescimento econômico, reduzindo ou mesmo eliminando a queda na receita.
Mas o Comitê Conjunto de Taxação afirmou que um corte grande nos impostos corporativos, mesmo que temporário, vai elevar o deficit orçamentário de longo prazo. O governo de Donald Trump lançou ontem uma ambiciosa reforma fiscal com um grande corte de impostos a empresas e pessoas físicas e que o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, considerou como a maior da história dos Estados Unidos.
O plano se propõe revisar todo o sistema fiscal do país, mas o grande destaque é a redução de 35% para 15% os impostos para as empresas, um corte de 20 pontos percentuais que pode ter efeitos diretos no déficit federal.
Ema entrevista coletiva na Casa Branca, Mnuchin garantiu que o plano não terá efeitos negativos e que, pelo contrário, impulsionará a criação de novos empregos, gerando uma maior arrecadação fiscal.
O novo sistema reduzirá de 7 para somente 3 as faixas de tributação para as pessoas. Um documento da Casa Branca diz que o plano também inclui previsões para uma taxa única para repatriar "trilhões de dólares que são mantidos no exterior". Os detalhes do plano ainda deverão ser negociados com o Congresso, mas Mnuchin adiantou que há conceitos fundamentais que "não são negociáveis".
"O ponto central é que queremos tornar competitivos os impostos às empresas, trazer bilhões de dólares para criar empregos, simplificar as declarações individuais e reduzir a carga tributária”.
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