Musical criado por educadora leva inclusão a escolas públicas
Opereta, com audiodescrição e partituras com transcrição em Braille, percorrerá oito escolas de ensino do Recife, Olinda e Camaragibe
A iniciação musical inclusiva é o principal ponto de partida para o projeto “A Pata e a Raposa - Uma opereta de formas animadas”. A partir da próxima quarta-feira, o musical, que nasceu de uma fábula criada pela educadora Fátima Marinho, percorrerá oito escolas da rede estadual de ensino dos municípios do Recife, Olinda e Camaragibe.
“As unidades de ensino selecionadas são de ensino fundamental, médio e com educação especial. A forma que iremos apresentar o musical trabalha muito com a inclusão. Teremos audiodescrição e partituras com transcrição em Braille para que todos nas escolas participem, explicou a coordenadora do projeto.
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O espetáculo narra uma fábula de bonecos que cantam o lírico, acompanhados por teclado e percussão. Na história, a Pata Catarina e o Pato João tiveram sete filhotes representados pelas notas musicais (Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá e Si) e a Raposa é representada pelas teclas pretas. “A Raposa vive triste, solitária e quer companhia. Por isso, sequestra os patinhos, mas os pais conseguem resgatá-los. A Raposa pede perdão e é convidada para viver com a família. A história termina com todos cantando as 12 notas musicais”, disse Fátima.
Realizado sempre as quartas-feiras, das 16h às 17h, a opereta segue até o dia 5 de dezembro. Serão contempladas neste primeiro momento as escolas Professor Leal de Barros (Engenho do Meio); Marcelino Champagnat (Tejipió); Brigadeiro Eduardo Gomes (Boa Viagem); Francisco de Paula Correia Araújo (Camaragibe); Conselheiro Samuel Mac Dowell (Camaragibe); Áurea de Moura Cavalcante (Ouro Preto); Jerônimo de Albuquerque (Rio Doce); e Cônego Rochael de Medeiros (Santo Amaro).
“A nossa proposta é promover a iniciação musical para os alunos das escolas e comunidade de forma lúdica e rica. Por isso, adaptamos a minha obra A Pata e a Raposa para uma opereta onde os cantores líricos são os personagens”, reforça. O projeto inédito em escolas públicas foi selecionado pelo Funcultura e mistura teatro de bonecos (mamulengo e fantoche) com canto lírico, estimulando a percepção musical com a escala cromática de Do Maior. A educadora e musicista Fátima Marinho foi vencedora do Prêmio Mestre da Cultura Popular concedido em 2017 pelo Ministério da Cultura.
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