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"Ninguém ouviu barulho", conta síndico do prédio no Recife onde mulher foi assassinada

Segundo Telmo Rogério Farias, show que ocorria perto do condomínio pode ter atrapalhado na percepção do disparo

Telmo Rogério Farias, síndico do prédio onde a vítima morava Telmo Rogério Farias, síndico do prédio onde a vítima morava  - Foto: Alexandre Aroeira/Folha de Pernambuco

Renata Alves Costa foi assassinada com um tiro na cabeça, no último final de semana, no apartamento onde morava, no bairro de Campo Grande, na Zona Norte do Recife. As investigações estão sendo conduzidas pela 2ª Delegacia de Polícia de Homicídios/DHPP. No entanto, em entrevista à Folha de Pernambuco, o síndico do prédio onde ocorreu o feminicídio, Telmo Rogério Farias, deu alguns detalhes sobre o último dia em que viu a vítima. 

De acordo com os policiais que atenderam a ocorrência, o suspeito de ter assassinado Renata era seu namorado. E, segundo Telmo, há aproximadamente seis meses, o rapaz, conhecido como “João” - os demais dados estão com o DHPP -, frequentava o apartamento da mulher de 35 anos. No sábado (6), o casal teria entrado junto no condomínio no final da tarde. Porém, o namorado da vítima teria deixado o local às 20h20 pelo elevador de serviço. 

“Ela (Renata) morava aqui há um ano. De uns seis meses para cá, ela começou a circular com esse rapaz, informando que era seu namorado, liberando acesso dele de pedestre, de veículo e cadastrando ele no sistema do condomínio. Temos imagens dele circulando no condomínio (sábado). Ele pegou o elevador com ela às 17h07 e saiu às 20h20, sozinho, pelo elevador de serviço. Não soubemos mais dela depois disso”, contou. 

Prédio em Campo Grande onde Renata morava e foi encontrada morta | Foto: Alexandre Aroeira/Folha de Pernambuco 

Ainda de acordo com relatos do síndico, o casal demonstrava ser “tranquilo”. Nas vezes em que teve contato com ambos, Telmo reparou na forma educada em que Renata e João se dirigiam a ele. “Ela era sempre sorridente, carismática com todos. O namorado sempre falava com a gente, dava bom dia, boa noite, era muito educado”, lembrou. 

Segundo Telmo, no sábado - dia em que a polícia acredita que ocorreu o assassinato - não foi possível ouvir o disparo da arma de fogo que levou Renata a óbito, por conta de um show que acontecia nas proximidades do prédio. A informação do feminicídio só foi conhecida após uma denúncia anônima. 

“Houve uma denúncia anônima, não sabemos quem foi que fez. Então, pedimos para o porteiro entrar em contato com todas as Renatas do condomínio. A denúncia que chegou foi que houve um assassinato dentro de um apartamento. Ninguém ouviu barulho, tinha show no Centro de Convenções, o barulho é grande, incomoda, chega aqui no prédio. O apartamento dela ficava de quina, não tem parede ao redor para dar indícios de um disparo. Ninguém escutou nada”, explicou. 

O velório de Renata Alves Costa acontece nesta terça-feira (9), às 8h, no Cemitério Morada da Paz, no município do Paulista, na Região Metropolitana do Recife. O sepultamento, no mesmo lugar, está marcado para ocorrer às 13h.

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