Instaladas primeiras paradas de ônibus da nova Av. Conde da Boa Vista
Pedestres questionam a durabilidade dos painéis, mas são unânimes quanto a beleza e design moderno da estrutura
Por: Guto Moraes em 09/07/19 às 06h06, atualizado em 08/07/19 às 21h31

As primeiras paradas do projeto de requalificação da avenida Conde da Boa Vista, no Centro do Recife, já foram instaladas. As novas estruturas em ferro são compostas também por teto em PVC, painéis de vidro e contam com bancos de madeira. Além das marcações feitas pela empresa que executa o projeto, surgem também as primeiras pichações. Alguns pedestres questionam a durabilidade dos painéis, mas são unânimes quanto a beleza e o design moderno da estrutura.
De acordo com a Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb), a primeira fase do projeto, que compreende trechos da Rua da Aurora até Rua do Hospício e da Rua Gervásio Pires até a Rua José de Alencar no sentido cidade/subúrbio, deve chegar ao fim até segunda-feira. Com isso, a Prefeitura do Recife deve dar início à próxima etapa 16 dias antes do previsto. As obras foram iniciadas no dia 2 de abril e a previsão é de que sejam concluídas até novembro de 2020.
Obras de drenagem e melhorias nas calçadas deste trecho foram feitas. Também foram construídas duas faixas elevadas nos acessos às ruas da União e da Saudade. Ao todo, serão 15. Além da realocação de postes de iluminação pública que impediam a acessibilidade e a implantação de uma nova iluminação no corredor com a inserção de lâmpadas de LED. Novas lixeiras e as primeiras floreiras também foram inseridas nas calçadas.
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No acabamento final, o pedreiro Danilo Ferreira, 32, admira o resultado. “A gente tá fazendo um trabalho muito bonito. Muita gente para e elogia”, conta. Há três meses na obra, ele sente pelos primeiros sinais de vandalismo. A técnica de enfermagem Isabete Minerva, 54, faz compras na Conde da Boa Vista todas as semanas e também lamenta. “As pessoas comentam quando está tudo desorganizado, mas quando organiza não dá valor.”
O arquiteto Thiago Arcoverde, 32, lembra que a via costuma ser palco de protestos e alvo da movimentação de torcidas. “Embora o vidro seja muito bonito, ele pode ser um problema. O projeto é interessante e bonito visualmente, mas, talvez, pouco ideal pra cá”, considera. A administradora Letícia Duarte, 25, comentou a urgência da obra. “As antigas estruturas têm áreas com infiltração solar e de água. Quando tá calor fica insuportável e o sol bate até no rosto. Quando chove é o mesmo que não ter proteção.”
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