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Obstruir Previdência seria erro da oposição, diz presidente da comissão

De acordo com Marcelo Ramos, atrapalhar o andamento da reforma da Previdência retiraria o foco das atenções do episódio que envolve Moro

Presidente da comissão especial, Marcelo Ramos (PR-AM)Presidente da comissão especial, Marcelo Ramos (PR-AM) - Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

O presidente da comissão especial que analisa a reforma da Previdência, deputado Marcelo Ramos (PL-AM), afirmou nesta terça-feira (11) que se reunirá com membros da oposição para tentar sensibilizar os deputados a não obstruir a tramitação da proposta. Para ele, adotar essa estratégia seria um erro tático.

Na segunda (10), após o vazamento de mensagens dos celulares do ministro da Justiça, Sergio Moro, e de procuradores da Operação Lava Jato, oposicionistas anunciaram que pretendem obstruir todas as votações no Congresso.

Na avaliação de Marcelo Ramos, atrapalhar o andamento da reforma da Previdência retiraria o foco das atenções do episódio que envolve Moro."Hoje à tarde eu tenho uma reunião com a oposição e vou tentar sensibilizá-los do esforço de blindar a pauta econômica. Até porque eu acho que, taticamente, se a oposição obstruir a reforma da Previdência, ela vai desfocar o tema principal dela hoje, que é a questão desses fatos envolvendo o ministro Sergio Moro", afirmou.

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De acordo com o presidente do colegiado, o cronograma dos trabalhos está mantido. A previsão é que o relatório da reforma seja apresentado nesta quinta-feira (13). Após a etapa de discussões, ele acredita que a matéria será votada pela comissão na primeira semana de julho.

As afirmações foram feitas antes de encontro com governadores, que se reuniram em Brasília nesta terça-feira para discutir a proposta que muda as regras da aposentadoria.

O relator da reforma, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), que participou da reunião, também defendeu uma blindagem da proposta.Em sua fala inicial aos governadores, Moreira afirmou que ainda não bateu o martelo sobre o formato final do texto e que está aberto para ouvir sugestões. Ele, entretanto, sinalizou trechos do texto que podem ser alterados.

"Com relação às mulheres, teremos um relatório melhor do que a PEC que veio [do governo]. Os professores também. O BPC e [a aposentadoria] rural também", disse.
O relator afirmou ainda que é a favor de manter no texto a autorização para criar um regime de capitalização, mas ponderou que uma decisão final sobre o tema não foi tomada.

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