Olinda terá menos palcos no Carnaval
Número de estruturas será reduzido à metade este ano, em relação à folia passada. Serão disponibilizados mais sanitários, mas o esquema de mobilidade ainda não foi definido
Segundo o gestor, foram identificados gastos excessivos para pequenos públicos em muitos polos da cidade e, por isso, foi pensado o remanejamento. Com essa economia, a ideia é utilizar o dinheiro da folia em outros projetos culturais e patrimoniais ao longo do ano. Ao invés de manter os 13 palcos do ano passado, a festa deste ano terá apenas sete. Uma novidade é um polo geek, onde será montado, entre outros equipamentos, uma arena para voo de drone e jogos eletrônicos.
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“Em 2017 gastamos o mínimo com o Carnaval. Em 2018 não gastamos nada, porque houve os patrocínios. Para 2019, o desafio é que haja superávit. Queremos que sobrem recursos para colocar parte no fundo municipal de cultura e outra parte no fundo de preservação”, disse João Luiz. O gestor comentou que o que foi gasto com os 13 palcos (luz, som e estrutura) correspondeu a mais de 30% de todos os valores do Carnaval passado. Contudo, o público em muitos deles não passou de 80 a 200 foliões por dia. “Um exemplo foi o polo do coco. Gastamos mais de R$ 300 mil com a estrutura, mas as 34 atrações que se apresentaram não custaram nem R$ 120 mil. É como se o prato estivesse mais caro que a comida”, exemplificou.
Com o remanejamento, haverá polos no Sitio de Seu Reis, que contará com o espaço infantil e geek; na praça da Abolição; rua do Sol; Alto da Sé; Largo do Rosário; Largo de Guadalupe; e um polo no chão, no Mercado Eufrásio Barbosa.
Outras novidades apresentadas foram um circuito de orquestras itinerantes, a ampliação de banheiros e ruas perfumadas com vaporizadores no Sítio Histórico. Sobre as orquestras, serão feitos cortejos com pequenas orquestras e passistas que sairão a cada 20 ou 30 minutos pelas ruas, não deixando o folião ansioso até a passagem de uma nova agremiação.
Sobre os banheiros, além de 340 equipamentos tipo cabine, a prefeitura quer implantar banheiros climatizados em contêineres, além de firmar parcerias com imóveis desocupados na área. Cinco ou seis vias deverão receber vaporizadores que, além de refrescar o folião, vão perfumar a cidade. Dirigentes dos blocos, no entanto, questionaram o esquema de mobilidade, que ainda está em formulação. “Infelizmente, a prefeitura não negocia isso conosco. Apenas apresenta. Não há troca”, lamentou a dirigente da agremiação Elefante de Olinda, Juliana Serretti.