Coronavírus

OMS pede que não se 'fechem os olhos' para Covid-19 apesar do cansaço

Diretor-geral da OMS falou sobre a necessidade de reforçar cuidados

Diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom GhebreyesusDiretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus - Foto: Fabrice Coffrini / AFP

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, pediu nesta segunda-feira (9) à comunidade internacional que "não feche os olhos" para a pandemia da covid-19, mesmo que o mundo esteja "cansado" do vírus.

Em seu discurso de abertura na assembleia geral anual da OMS, que está sendo realizada on-line nesta semana, Tedros pediu à comunidade internacional que "recupere com urgência o senso do bem comum".

"Com esse espírito, parabenizamos o presidente eleito Joe Biden e a vice-presidente eleita Kamala Harris" nos Estados Unidos, disse ele, um dia depois de parabenizá-los no Twitter.

"Estamos satisfeitos com a ideia de trabalhar em estreita colaboração com sua administração", acrescentou, após Joe Biden anunciar que uma célula de crise será lançada contra o coronavírus, que infectou mais de 50 milhões de pessoas em todo mundo.

A atitude de Biden, que garantiu que cancelará o processo de retirada dos Estados Unidos da OMS, contrasta com a de seu rival, o presidente em final de Donald Trump, que minimizou a pandemia e renegou a agência da ONU, que ele vê como um "fantoche" nas mãos da China. "Podemos estar cansados da covid-19. Mas ela não se cansou de nós", frisou o chefe da OMS. 

 

"Sim, [o vírus] ataca as pessoas com problemas de saúde. Mas também ataca outras fraquezas: desigualdade, divisão, negação, boas palavras e ignorância deliberada", acrescentou. "Não podemos negociar com a covid-19, ou fechar os olhos, esperando que ela desapareça", insistiu.

Da mesma forma, Tedros Adhanom Ghebreyesus enfatizou que o vírus não se preocupa com "retórica política, ou com teorias da conspiração". "Nossa única esperança é: ciência, soluções e solidariedade", disse ele aos 194 países-membros da organização, reunidos para a Assembleia Mundial da Saúde.

O encontro vai durar uma semana, até 14 de novembro, e se segue a uma primeira parte realizada em maio, que durou dois dias e teve a pandemia como foco.

Nesta semana, os diplomatas terão a oportunidade de falar sobre a reforma da OMS, um procedimento de longa data com o objetivo de fortalecer a organização para responder de forma mais rápida e eficaz aos desafios atuais, como as pandemias.

O diretor-geral da OMS pediu nesta segunda-feira (9) que a reforma seja "acelerada" e convocou os países a trabalharem nessa direção, fortalecendo suas capacidades de saúde e melhorando a "cooperação internacional".

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