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Ônibus passam a circular com cartazes contra a LGBTfobia

Durante os próximos 15 dias toda a frota de ônibus da Região Metropolitana do Recife deverá rodar com cartazes contra a LGBTfobia

Casal LGBTCasal LGBT - Foto: Arthur Mota / Folha de Pernambuco

Durante os próximos 15 dias toda a frota de ônibus da Região Metropolitana do Recife deverá rodar com cartazes contra a LGBTfobia. Ao todo, 2.870 cartazes foram entregues pela Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH) ao Consórcio Grande Recife de Transportes.

A campanha tem como objetivo sensibilizar as pessoas sobre o respeito às diferenças e estimular a denúncia de agressões à população LGBTI+. A ação acontece em sintonia com a agenda do movimento em Pernambuco, que organiza pelo menos dez paradas no Estado nos próximos dias.

Até esta terça-feira (10), apenas linhas operadas pela empresa Transcol contavam com o material. “A operação acontece quando os coletivos voltam para a garagem das empresas e leva, em média, de dois a três dias para ser finalizada”, explicou o gerente de marketing do Grande Recife, Leandro Porto.

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Coincidentemente, a ação foi deflagrada três dias após um motorista de ônibus da cidade de São Paulo agredir um passageiro, após a vítima beijar um rapaz que o acompanhava no trajeto. Em Pernambuco, de acordo com a SJDH, de janeiro a julho deste ano, foram registradas 24 denúncias de agressões contra LGBTI+.

“Os números ainda são tímidos, pois muitas pessoas não se sentem seguras em denunciar. Mas, mesmo timidamente, estamos conseguindo avançar nas políticas públicas”, destacou a coordenadora do Centro Estadual de Combate à Homofobia (CECH), Suelen Rodrigues. À frente da campanha, o Centro aponta que o maior desafio para o enfrentamento à LGBTfobia é a disseminação da mensagem de tolerância.

Para a Articulação e Movimento para Travestis e Transexuais (AmoTrans), a iniciativa é feliz por atingir as diversas camadas sociais que acessam ao modal. “As pessoas precisam saber que podem responder criminalmente pela injúria”, observou a presidente da AmoTrans, Chopelly Glaudystton. “No futuro pode ser realizado, ainda, um trabalho sobre a identidade de gênero. Muita gente acaba cometendo preconceito por desconhecer a pauta em meio a essa confusão sobre ‘ideologia de gênero’, o que nunca existiu”, concluiu.

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