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ONU premia ONG iemenita por apoio a deslocados por conflito

O próprio fundador desta ONG, Ameen Jubran, de 37 anos, viu-se deslocado pelos combates e quase morreu

ONUONU - Foto: POOL/GETTY IMAGES NORTH AMERICA/AFP

A Organização das Nações Unidas concedeu o Prêmio Nansen 2021 para Refugiados à Jeel Albena Association for Humanitarian Development, uma organização não governamental iemenita, por seu trabalho a favor das pessoas deslocadas pelo conflito neste país. 

O próprio fundador desta ONG, Ameen Jubran, de 37 anos, viu-se deslocado pelos combates e quase morreu, disse o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), que atribui o prêmio, em um comunicado.

"Jeel Albena emprega mais de 160 pessoas e também mobiliza 230 voluntários, muitos dos quais são deslocados internos. Com sede na cidade portuária de Hodeida, às margens do Mar Vermelho, oferece emprego e cerca de 18.000 abrigos de emergência para deslocados internos que vivem em assentamentos informais nas províncias de Hodeida e Hajah", acrescentou o Acnur.

A organização também treinou mulheres iemenitas deslocadas para ajudá-las a encontrar um meio de subsistência e está reabilitando escolas.

"O trabalho extraordinário que fazem com sua equipe e sua perseverança em ajudar os iemenitas de todas as origens são exemplos de humanidade, compaixão e dedicação", disse o alto comissário para os Refugiados, Filippo Grandi. 

A distinção Nansen foi criada em 1954. Seu nome é uma homenagem ao explorador e diplomata norueguês Fridtjof Nansen, primeiro alto comissário para Refugiados da ONU.

Desde 1979, os ganhadores do Nansen recebem uma quantia atualmente em US$ 150 mil, financiada pelos governos da Noruega e da Suíça. 

Desde 2014, o conflito opõe os rebeldes huthis, apoiados pelo Irã xiita, e as forças do governo. Estas últimas contam, desde 2015, com o suporte de uma coalizão militar liderada pelos sunitas da Arábia Saudita. Já deixou dezenas de milhares de mortes. Segundo a ONU, é hoje a pior crise humanitária do mundo.

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