Comprar ou alugar? Por que o imóvel próprio ainda é a melhor escolha
Essa é uma das grandes perguntas que muitas pessoas se fazem ao longo da vida: é melhor alugar ou comprar um imóvel? A resposta, como quase tudo que envolve dinheiro, depende. Mas, embora o discurso da flexibilidade do aluguel tenha ganhado força, sobretudo entre os mais jovens, a compra de um imóvel continua sendo, ainda, uma decisão financeiramente mais sólida e estrategicamente mais inteligente.
Isso porque não podemos esquecer que o aluguel é, essencialmente, um gasto recorrente sem retorno patrimonial. Por exemplo: ao longo de uma década, o valor investido em aluguéis pode ultrapassar facilmente o preço de um imóvel — e ao final desse período, o inquilino não tem nenhum ativo, nenhum patrimônio construído.
Por outro lado, comprar um imóvel é transformar o dinheiro gasto com moradia em algo concreto e duradouro: um bem que é seu, que se valoriza e que pode até gerar renda no futuro. Além disso, a ideia de "ter algo seu" ainda carrega forte apelo emocional e cultural no Brasil. Quando o imóvel é quitado, o morador se livra do aluguel e da incerteza do aumento de preços ou da necessidade de desocupação repentina.
Outro ponto que pesa a favor da compra é o momento econômico. Hoje em dia é possível contar com algumas facilidades na hora de comprar, como financiar 90% do imóvel, usar o FGTS como sinal, não pagar atualização de INCC, entre outras. Além disso, quem compra um imóvel financiado, por exemplo, a tendência é ter o valor das parcelas diminuindo com o passar do tempo e quem paga aluguel, sofre sempre com os reajustes.
Ainda tem o fato de que ter um imóvel próprio representa uma forma de segurança para a velhice. Quem chega à terceira idade sem precisar pagar aluguel tem uma tranquilidade que vai muito além das finanças.
Claro, comprar um imóvel exige planejamento, disciplina e uma análise cuidadosa. Mas isso não deve ser visto como um obstáculo, e sim como um passo em direção à liberdade financeira. Alugar pode parecer mais fácil no curto prazo, mas é a compra que oferece frutos reais no longo prazo.
Nessa discussão é importante levar em consideração não só a questão financeira, mas também flexibilidade, estilo de vida, manutenção do imóvel, entre outros. É preciso cautela e uma análise cuidadosa das finanças pessoais, da capacidade de compromisso financeiro e das expectativas de futuro.
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