Inovação acessível: o futuro começa onde a coragem encontra a criatividade
No dia 19 de outubro, o Brasil celebra o Dia Nacional da Inovação — uma data que vai muito além da tecnologia. É o momento de refletir sobre como ideias simples, quando bem aplicadas, podem transformar comunidades inteiras, impulsionar negócios e abrir caminhos para quem antes não tinha acesso às grandes ferramentas de transformação.
Durante muito tempo, a inovação foi tratada como um território reservado às grandes corporações, empresas com laboratórios, investimentos milionários e equipes globais. Mas essa realidade mudou.
Hoje, a inovação é um direito e uma oportunidade de todos: do pequeno comerciante, do gestor público, do professor, do cooperado, do empreendedor que ainda escreve seus controles à mão, mas sonha em ver seu negócio crescer.
O novo mapa da inovação
Dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostram que mais de 70% das empresas brasileiras reconhecem a inovação como essencial, mas apenas 30% afirmam aplicá-la na prática.
Essa lacuna não é falta de ideias, é falta de acesso, de direcionamento e de incentivo para transformar boas intenções em resultados reais.
A boa notícia é que estamos vivendo um momento inédito: nunca foi tão barato e rápido testar uma nova ideia. Plataformas de automação, inteligência artificial generativa e ferramentas de dados estão cada vez mais acessíveis, permitindo que micro e pequenas empresas inovem com a mesma agilidade que gigantes da tecnologia.
O novo mapa da inovação é descentralizado e multidisciplinar. Não está em um único polo, nem restrito ao Vale do Silício. Está em todo lugar onde existe alguém disposto a resolver um problema de forma diferente.
Inovar é um ato de coragem, não de orçamento
Inovar não é sobre ter mais recursos, mas sobre usar melhor o que se tem.
É sobre enxergar possibilidades onde antes havia rotina, desperdício ou lentidão.
É sobre transformar o “sempre foi assim” em “e se fizermos de outro jeito?”.
No campo, a inovação nasce quando um produtor encontra um aplicativo que o ajuda a prever a melhor época de plantio. No comércio, quando um lojista passa a entender seus dados de vendas e consegue antecipar o que o cliente quer.
Na escola, quando professores usam tecnologia para conectar alunos ao aprendizado de forma mais significativa. E na indústria, quando processos passam a ser acompanhados em tempo real, reduzindo perdas e aumentando eficiência.
A inovação é o resultado de uma decisão: a de não se conformar com o que já existe.
O poder de transformar dados em decisões
Este tempo é um tempo em que: quem entende dados entende o futuro.
Empresas que aprendem a ler seus próprios números descobrem oportunidades escondidas em cada venda, cada cliente e cada processo.
Segundo a IDC Brasil, organizações que adotam inteligência de dados em suas operações são até 30% mais lucrativas do que as que não o fazem. Isso acontece porque decisões passam a ser baseadas em fatos, não em achismos.
Mas é importante lembrar: tecnologia sozinha não muda nada.
O que transforma é a forma como as pessoas usam a tecnologia para resolver problemas reais, com propósito e sensibilidade.
Quando a inovação deixa de ser privilégio
O grande marco da nossa era é que a inovação deixou de ser luxo e passou a ser instrumento de sobrevivência e crescimento.
Hoje, pequenas empresas têm acesso a ferramentas que antes custavam fortunas.
Com a internet e a inteligência artificial, qualquer negócio pode automatizar tarefas, entender o comportamento do consumidor e oferecer uma experiência personalizada.
É essa democratização que move o novo ecossistema da inovação: mais aberta, mais humana e mais conectada à realidade.
Do conceito à prática: exemplos de inovação acessível
Em Pernambuco, essa nova onda de inovação vem ganhando força.
Um exemplo é o app ALEXY, idealizado pela empresa Sucesso no Resultado e desenvolvido pela Rari.
O sistema permite que gerentes e equipes acompanhem processos operacionais com automação, imagens e planos de ação inteligentes, uma solução simples, embarcada com uma jornada de mais de 20 anos de experiencia, que inovou, melhora a eficiência e reduz falhas em tempo real.
Outro exemplo é a RICA I.A., também criada pela Rari, que atua como uma assistente virtual inteligente capaz de automatizar o atendimento ao cliente, coletar dados e gerar análises para aprimorar decisões e processos internos.
Ambas mostram que inovação não é mais um discurso, é prática possível, mensurável e acessível.
Neste Dia da Inovação, o convite é claro: olhe para o seu entorno e identifique o que pode ser melhorado.
A inovação começa com uma pergunta simples: “Como posso fazer diferente e melhor do que ontem?” A revolução tecnológica que vivemos não é apenas digital, é mental. E ela começa quando deixamos de esperar que o futuro chegue e passamos a construí-lo.
* Sócia-fundadora da consultoria para negócios Sucesso no Resultado e ** head de Negócios e Produtos da Rari Data Science.
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