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Opinião

Prosa pra Rosa, Prosa por Rosa

P’Rosa pra dizer que o par como nós dois se faz faz-se com a cumplicidade da trindade amor humor rumor – com a trindade no rumo da mira da rima em amizade (Rosa disse-me assim: amor e amizade estão no mesmo patamar – pata-marterraar, locupleto eu. E Aristóteles deixou dito assim: amizade – dois corpos numa única alma).

Digo então (com a vaidade da humildade) que é com os dois corpos numa única alma que o par como nós dois se faz existe nas andanças e danças pelo sentimento do mundo – e pelo mundo do pensamento com o sentimento contra o ressentimento do mundo.

An-danças (existenciais e culturais e com mania de cidadania) que conduziram Rosa para os (cinco e sexto – e bissexto) sentidos da sedução (da carne, do esqueleto, do sangue, da alma) antropológica.

Par-ceiro o tempo inteiro no aceiro da companheira acabei já malinando em Malinowski, de olhos bem abertos para a fotografia etnográfica do gênio (quem há de divergir?) de Verger (nele tudo parece estar em fluxo... e levitando – assim disse alguém).

P’Rosa assim do observatório em que me sinto bem situado reparando naquela elegância evoluindo (sem ganância) na cadência bonita do refrão: salve simpatia, empatia salve: é o jeito (todo prosa e verso) de Rosa indo para o eito da conversa puxa conversa num contato com tato e trato com o efeito efetivo de um contrato entre afetos.

Rosa (ex)põe-se portanto (e para tantos) com a alma da calma (de uma apanhadora, no campo, de centelhas) para colher no, digamos, almanaque da alma do interlocutor, a condição humana que revela o cotidiano (com suas cotas de dano) e eleva a fala ao nível de, digamos novamente, plenitude espiritual (“nós somos o perfume de Cristo”).

Prosa por Rosa? Um livro vivo como a consciência com ciência antropológica mais o auxílio da sapiência da paciência etnográfica.

Pra não dizer que não falei de flores: Rosa é uma rosa é uma rosa é uma rosa tatuada no coração deste jardineiro fiel.

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