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Oposição quer Força Nacional
Bancada apresentou dados crescentes de homicídios e outros crimes. Vai solicitar ao ministro da Defesa o apoio Federal. Líder do Governo na Alepe ressaltou eficiência do Pacto pela Vida
Outubro foi o mês mais violento dos últimos nove anos em Pernambuco. Foram 451 homicídios, menos só que os 459 contabilizados em janeiro de 2007, cinco meses antes do lançamento do Pacto Pela Vida. A menos de 60 dias do fim de 2016, o acumulado é de 3,6 mil assassinatos.
Em todo o ano de 2015, foram 3.891. Os dados negativos, somados a assaltos a ônibus, investidas contra bancos e arrastões, foram apontados, ontem, em entrevista coletiva, pela oposição ao Governo na Alepe. Na ocasião, o líder da bancada, Silvio Costa Filho, informou que vai se reunir com o ministro da Defesa, Raul Jungmann, para discutir medidas que amenizem a insegurança e solicitar ajuda da Força Nacional de Segurança Pública.
Em todo o ano de 2015, foram 3.891. Os dados negativos, somados a assaltos a ônibus, investidas contra bancos e arrastões, foram apontados, ontem, em entrevista coletiva, pela oposição ao Governo na Alepe. Na ocasião, o líder da bancada, Silvio Costa Filho, informou que vai se reunir com o ministro da Defesa, Raul Jungmann, para discutir medidas que amenizem a insegurança e solicitar ajuda da Força Nacional de Segurança Pública.
Pedir o reforço das tropas é uma prerrogativa dos governadores dos estados. A ideia do deputado, portanto, é sensibilizar o Governo Federal sobre a situação de Pernambuco. "É importante ver de que forma a Força Nacional [pode ajudar] no combate à fiscalização de barreiras, ampliar o serviço de inteligência, trazer alguns homens para ajudar no combate à violência contra caixas eletrônicos", disse Costa.
Além desse esforço, também está nos planos da oposição uma reunião com o governador Paulo Câmara e uma audiência pública na Alepe, ambas à espera de marcação de data. Além disso, também serão procurados representantes da OAB, do Judiciário e do Ministério Público.
Além desse esforço, também está nos planos da oposição uma reunião com o governador Paulo Câmara e uma audiência pública na Alepe, ambas à espera de marcação de data. Além disso, também serão procurados representantes da OAB, do Judiciário e do Ministério Público.
A oposição também desqualificou o discurso de que a crise econômica pode ter reflexos no aumento da violência. "Crise e desemprego existem no resto do País. Mesmo assim, vemos outros estados melhorando indicadores", afirmou Silvio Costa, dizendo que "falta gestão" e citando exemplo de Alagoas (queda de 19,9% no total de homicídios em 2015).
Em Pernambuco, cresceu 13,3%. "Não adianta mudar secretário se a lógica do programa não muda", disparou Costa. "A criminalidade tem diminuído nos outros estados porque há um trabalho preventivo", completou o deputado Edilson Silva, presidente da Comissão de Ética e Direitos Humanos da Alepe.
Em Pernambuco, cresceu 13,3%. "Não adianta mudar secretário se a lógica do programa não muda", disparou Costa. "A criminalidade tem diminuído nos outros estados porque há um trabalho preventivo", completou o deputado Edilson Silva, presidente da Comissão de Ética e Direitos Humanos da Alepe.
Nova gestão
As críticas ocorrem um mês após o novo secretário de Defesa Social, Angelo Gioia, assumir a pasta no lugar de Alessandro Carvalho. Para conter os homicídios, Gioia anunciou oito equipes de investigação em regiões estratégicas. Outros crimes de repercussão também foram alvo de medidas. Para apurar investidas contra bancos, foram designados sete delegados. Antes, eram três.
O deputado Waldemar Borges, líder do Governo na casa, rebateu as críticas contra a política de segurança do Estado. "Mesmo com a crise, que faz o desemprego explodir e agrava a questão da violência no País, Pernambuco tem conseguido atravessar este momento de maneira diferenciada, inclusive em relação a estados mais ricos, como o Rio de Janeiro".
Questionado sobre os apelos pela Força Nacional, o que, politicamente, é interpretado como o reconhecimento da dificuldade do Estado em manter o controle sobre uma competência sua, Borges afirmou que não se pode fazer disso "um mote da luta política". "A postura da oposição sempre foi a de torcer contra o Pacto, sem apresentar propostas concretas", declarou.
Questionado sobre os apelos pela Força Nacional, o que, politicamente, é interpretado como o reconhecimento da dificuldade do Estado em manter o controle sobre uma competência sua, Borges afirmou que não se pode fazer disso "um mote da luta política". "A postura da oposição sempre foi a de torcer contra o Pacto, sem apresentar propostas concretas", declarou.