Opositores de Maduro refugiados na embaixada argentina em Caracas denunciam colapso em gerador
María Corina Machado pediu ao mundo democrático para 'agir'
Após quase um ano refugiados na sede da embaixada da Argentina em Caracas, na Venezuela, cinco colaboradores da opositora María Corina Machado denunciaram que, nesta terça-feira, o gerador que lhes fornecia energia de maneira intermitente colapsou.
Há três meses, o governo de Nicolás Maduro cortou o fornecimento de energia elétrica, assim como o de água encanada. Esta última era disponibilizada apenas por algumas horas ao dia, pois também foi proibida a entrada de caminhões-pipa.
Por meio de um comunicado, o Comando com Venezuela denunciou a falha no gerador elétrico. Há cerca de três meses, técnicos da Corporação Elétrica Nacional (Corpoelec) retiraram os fusíveis da residência.
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"Trata-se de uma situação de emergência que exige uma reação e solução imediata, considerando que desse gerador elétrico depende a conservação dos alimentos, que com severas restrições lhes têm sido permitidos entrar, assim como a água potável, já que o edifício depende dos serviços de caminhões-pipa, cujo acesso também foi limitado a uma vez a cada 13 dias para abastecer apenas 2 mil litros de água. Da mesma forma, isso afeta a conectividade dos asilados, agora isolados do exterior", afirma o comunicado.
Os refugiados são Magalli Meda, Pedro Urruchurtu, Claudia Macero, Omar González e Humberto Villalobos, membros da equipe de María Corina Machado.
Em uma publicação no X, María Corina Machado escreveu: "Colapsou o gerador elétrico da Embaixada da Argentina em Caracas, sob proteção do Brasil, onde estão refugiados – desde quase um ano – nossos companheiros. Sem luz, sem água, sem conexão e agora com risco de perder os alimentos. Tortura, pura e dura. Aqui se violam todos os acordos internacionais à vista do mundo. E o mundo democrático tem que agir já junto a quem luta incansavelmente pela nossa democracia, até alcançarmos a Liberdade".
Os opositores permanecem nesta sede diplomática após serem acusados pelo governo de Maduro de conspiradores e de planejarem ações desestabilizadoras.

