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Otan vem se expandindo desde 2020: relembre as últimas adesões à aliança militar

Com o aval da Turquia, Suécia será o 32º país a fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte, liderada pelos EUA

Sede da Otan, em Bruxelas Sede da Otan, em Bruxelas  - Foto: VALERIA MONGELLI/AFP

Com o aval da Turquia, nesta segunda-feira, a Suécia será o 32º país a fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), bloco militar liderado pelos Estados Unidos e criado no fim da Segunda Guerra Mundial para conter o avanço da influência soviética em direção ao Ocidente.

Ao se candidatarem à aliança, no ano passado, Suécia e Finlândia encerraram décadas de não-alinhamento militar, uma decisão tomada após a invasão da Ucrânia pela Rússia. Agora, a nova adesão, quando confirmada oficialmente, representará o ápice de uma virada histórica, mas também uma derrota estratégica para o Kremlin.

A entrada da Finlândia, em abril, já representava um desafio estratégico para a Rússia, que ao invadir a Ucrânia não esperava aumentar sua fronteira comum com o bloco ocidental em 1.300 km. Com a adesão Helsinque, a Otan passou a contar com um contingente de 280 mil soldados e um dos maiores arsenais de artilharia da Europa.

Antes mesmo do anúncio desta segunda, a Suécia disse que estava disposta a acolher bases temporárias da aliança em seu território.

Há décadas, a Otan busca meios de conter as pretensões russas em um corredor estratégico, entre a Polônia e a Lituânia, chamado de “corredor Suwalki”. Essa faixa de 65 quilômetros liga o enclave russo de Kaliningrado, que fica entre os dois países, e a Bielorrússia, país aliado de Moscou. Sanções da União Europeia em resposta à invasão da Ucrânia impedem a Rússia de transportar alguns produtos para Kaliningrado usando o corredor.

Histórico
Inicialmente, a aliança militar foi firmada por 12 nações, incluindo Estados Unidos, Reino Unido, Bélgica, Canadá, Dinamarca, França, Islândia, Itália, Luxemburgo, Holanda, Noruega e Portugal.

Quando a União Soviética acabou, em 1991, imaginou-se que a Otan tinha perdido sentido, já que não havia mais um bloco militar inimigo a ser dissuadido de atacar um dos membros da aliança. No entanto, a Otan continuou se ampliando, absorvendo países da Europa que pertenciam à antiga esfera soviética. Desde então, 20 outros países se juntaram à organização. Antes da invasão, a Macedônia do Norte, nos Bálcãs, era o membro mais recente, ingressando em 2020.

A tensão aumentou no fim de 2020, quando, entre as “demandas de segurança” apresentadas, a Rússia exigiu um veto permanente à entrada da Ucrânia na aliança. Mas, apesar das boas relações com os EUA e o Ocidente, a Ucrânia não é parte da Otan, e não se beneficia do chamado Artigo 5º, que considera um ataque contra um dos membros como um ataque a todos.

Desde a invasão russa, no entanto, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, vem pressionando pela entrada na aliança militar. Nesta segunda, pediu um "sinal claro" das potências ocidentais, na véspera de uma cúpula da Otan em Vilnius.

"A Ucrânia merece fazer parte da aliança. Não agora, porque agora há uma guerra, mas precisamos de um sinal claro e esse sinal é necessário de agora em diante", disse em sua mensagem de vídeo diária no Telegram.

O presidente americano, Joe Biden, que tem buscado evitar um potencial confronto direito entre Rússia e Estados Unidos, abafou a possibilidade de Kiev entrar na aliança enquanto a guerra estiver em andamento.

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