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Pacientes graves da Covid-19 em PE ficam em média 18 dias na UTI

Tempo de evolução da doença é um dos principais problemas enfrentados pelos sistemas de saúde

Está em andamento a construção de unidades provisórias em todas as policlínicas do RecifeEstá em andamento a construção de unidades provisórias em todas as policlínicas do Recife - Foto: Léo Malafaia / Folha de Pernambuco

Dos 352 pacientes diagnosticados com a Covid-19 em Pernambuco, 120 se encontram internados nesta terça-feira (7), sendo 26 deles em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e outros 94 em leitos de enfermaria. O tempo que uma pessoa que desenvolve a forma grave da doença leva para se recuperar tem sido um dos principais complicadores para os sistemas de saúde mundo afora, já que não há muita rotação nos leitos de UTI.

Em Pernambuco, os casos graves da Covid-19 têm passado em média 18 dias em regime de terapia intensiva, segundo o secretário de Saúde do Estado, André Longo. Já os pacientes internados em leitos com suporte de oxigênio, mas sem usar o respirador mecânico, levam pouco mais de sete dias para receber alta. Esses são pacientes que não evoluem gravemente ao ponto de precisar de entubação, mas que também não têm um quadro simples que possam se recuperar em isolamento domiciliar.

"Essa é uma situação preocupante, em especial com os doentes mais graves, que precisam de UTI e ventilação mecânica. Eles costumam ficar muito tempo. O tempo médio de utilização é bem maior do que em outros casos respiratórios. Tem variado, mas tem em média demorado 18 dias. Realmente, é uma patologia que impõe sobrecarga maior ao sistema de saúde público e privado. Por isso, a necessidade de retardar a aceleração da curva”, observou o gestor.

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Pernambuco projeta a necessidade de abrir mil novos leitos hospitalares para o enfrentamento da Covid-19 no Estado, entre municípios da Região Metropolitana do Recife (RMR) e do Interior. Até o momento, 328 foram habilitados, sendo 118 de UTI, com ventilador mecânico e monitores, e 210 de enfermaria.

Até a noite desta terça, 80% dos novos leitos de UTI e 43% dos novos leitos de enfermaria estão ocupados por pacientes com quadro de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag). Nem todos, porém, têm diagnóstico de Covid-19, já que a Srag é um agravamento que pode acometer outras síndromes virais e bacterianas.

Recife
Na Capital do Estado, além da busca por leitos nas unidades de saúde, estão sendo montadas estruturas anexas a policlínicas e hospitais, no intuito de aumentar o número de leitos para receber pacientes da Covid-19. Até o momento, foram abertos 148 novos leitos de enfermaria, todos com concentrador de oxigênio, e 34 com ventilador mecânico. Desses leitos de UTI, 31 estão no Hospital da Mulher do Recife, no Curado. Outros três são leitos de estabilização em policlínicas que receberam estruturas anexas. O Recife tem 61% dos novos leitos de UTI e 19% dos leitos de enfermaria ocupados com pacientes apresentando quadro de Srag, entre Covid-19 e outras síndromes.

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