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Padrasto acusado de matar Maria Alice Seabra é julgado em Itapissuma

Julgamento acontece na Câmara dos Vereadores de Itapissuma, na Região Metropolitana do Recife. Caso condenado, Gildo poderá pegar até 48 anos de prisão.

Gildo Xavier chega ao local do julgamentoGildo Xavier chega ao local do julgamento - Foto: Cortesia/Matheus Sampaio

Acusado de estuprar, espancar e assassinar a estudante Maria Alice Seabra, à época com 19 anos, em junho de 2015, o auxiliar de pedreiro Gildo da Silva Xavier, de 34 anos, vai a júri popular nesta terça-feira (22). O julgamento acontece na Câmara dos Vereadores de Itapissuma, na Região Metropolitana do Recife. Caso condenado, Gildo poderá pegar até 48 anos de prisão.

Sete mulheres foram sorteadas para compor a mesa. Outros dois homens sorteados foram recusados pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE). Das dez testemunhas, cinco serão ouvidas, das quais a única confirmada até agora foi a delegada Gleide Angelo. Gildo chegou na Câmara às 7h31.

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O réu responde por homicídio qualificado (por motivação torpe, uso de asfixia e meio cruel); sequestro e cárcere privado; destruição, subtração e ocultação de cadáver; e estupro. O defensor público Jânio Piancó pede a diminuição de pena. “Ele confessou que ele matou, mas nega sequestro, estupro e ocultação de cadáver".

A mãe de Maria Alice Seabra, Maria José de Arruda, foi ao julgamento e afirmou esperar justiça. "Espero que ele pegue a pena máxima. É muito difícil e complicado conviver sem minha filha e ela nunca se afastou de mim. Deus tem me dado muita força e Ele vai fazer Justiça", disse.

Casada por 15 anos com o réu, Maria José lamentou nunca ter desconfiado de Gildo. "Só acho que ele [Gildo] é um monstro. Infelizmente, nunca desconfiei da crueldade que existia dentro dele", falou. A irmã de Alice, Angélica Seabra, também está presente na Câmara. "Vou tentar controlar as emoções. Ela foi morar comigo porque tinha muita confusão".

   Entenda o caso

No dia 19 de junho de 2015, Maria Alice Seabra teria sido levada pelo padrasto para uma suposta entrevista de emprego. O homem teria afirmado, em depoimento à Polícia Civil, que havia forçado Maria Alice a tomar Rupinol, droga popularmente conhecida como “Boa Noite Cinderela”. O crime teria acontecido nas proximidades do Sítio do Pica Pau, onde ele iniciou discussão com a vítima por causa de uma tatuagem que ela fez no braço. Ele estacionou o veículo e passou a agredi-la, batendo a cabeça da enteada contra a coluna do automóvel, deixando-a desorientada.

O padrasto, de acordo com as investigações, colocou Maria Alice no banco de trás do veículo, objetivando abusá-la sexualmente e voltou novamente a espancá-la e asfixiá-la com o cinto de segurança do carro. Após torturá-la e estuprá-la, o auxiliar de pedreiro abandonou o corpo da vítima no município de Itapissuma, em um local chamado de Sítio Burro Velho. Ele também é acusado de haver amputado parte do braço esquerdo da enteada.

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