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Guerra

Países da aliança 'Cinco Olhos' apoiam processos por crimes de guerra na Ucrânia

Aliança é formada por Reino Unido, Estados Unidos, Austrália, Canadá e Nova Zelândia

Cidade ucraniana destruída Cidade ucraniana destruída  - Foto: Sergei Supinsky / AFP

Os procuradores-gerais de cada um dos países-membros da aliança dos "Cinco Olhos" deram forte apoio nesta quinta-feira (19) aos esforços empreendidos pela Ucrânia para julgar os crimes de guerra ocorridos durante a invasão russa. 

Os procuradores-gerais de Reino Unido, Estados Unidos, Austrália, Canadá e Nova Zelândia disseram que apoiam por completo a busca de sua colega ucraniana, Iryna Venediktova, para haja prestação de contas dos crimes de guerra cometidos desde que a Rússia invadiu o seu país em 24 de fevereiro. 

As autoridades ucranianas garantem ter aberto centenas de expedientes sobre crimes supostamente cometidos pelas forças russas. 

"Apoiamos a busca por justiça por parte da Ucrânia e através de outras investigações internacionais, inclusive no Tribunal Penal Internacional [TPI] e em outras organizações", indicaram os procuradores em comunicado. 

"Nos unimos na condenação ao governo russo por seus atos e pedimos que cesse todas as violações do direito internacional, interrompa sua invasão ilegal e coopere nos esforços para obter prestação de contas", acrescentaram. 

O comunicado vem à tona um dia depois de um soldado russo se declarar culpado de assassinar um homem desarmado de 62 anos com quatro dias de invasão, o primeiro caso levado aos tribunais pela Ucrânia no meio da guerra. 
Vadim Shishimarin, de 21 anos, pediu clemência em uma audiência realizada nesta quinta-feira, na qual os promotores solicitavam prisão perpétua. 

"Sei que não poderão me perdoar, mas lhes peço clemência", disse o soldado à corte e à mulher do homem assassinado. 

"Por meio deste primeiro julgamento, estamos mandando um claro sinal de que cada perpetrador, cada pessoa que ordenou ou ajudou no cometimento de crimes na Ucrânia, não poderá se evadir de suas responsabilidades", disse Venediktova. 

Nesta quinta-feira começaram os julgamentos de outros dois soldados russos na Ucrânia. 

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