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PE-73, na Zona da Mata Sul, sofre com falta de sinalização e buracos

Rodovia tem 35 km de extensão e de problemas. A situação aumenta os riscos de acidentes e precariza os serviços das indústrias da região

Quantidade de crateras obriga os motoristas a invadir a pista contrária para desviar delasQuantidade de crateras obriga os motoristas a invadir a pista contrária para desviar delas - Foto: Arthur Mota

A rodovia estadual PE-73, que liga o município de Gameleira a Rio Formoso, na Zona da Mata Sul pernambucana, está passando por sérias dificuldades. A estrada sofre com a falta de sinalização e os buracos profundos em toda a sua extensão, de 35 km. A via conecta a BR-101 com a PE-60, e dá acesso ao litoral Sul, principalmente para quem vem do interior de Pernambuco. Com o início do verão, o fluxo de veículos aumentará, e os riscos de acidentes também crescerão. O cenário ainda interfere diretamente na economia do Estado, uma vez que precariza os serviços das indústrias que funcionam na região.

“Está muito complicada essa situação. Nós que percorremos este trajeto todos os dias, às vezes para irmos a hospitais, sofremos demais com isso. Às vezes precisamos socorrer uma pessoa, mas como transportar alguém com a estrada assim? O risco é muito grande”, contou o trabalhador rural Claudiano Vicente, de 32 anos. “À noite é pior ainda, porque diminuímos ainda mais a velocidade para desviar dos buracos e ficamos vulneráveis a assaltos”, completou.

Ao entrar na PE-73, vindo da BR-101, em direção a Rio Formoso, o motorista não imagina os riscos que a estrada oferece. A princípio, apenas alguns buracos estão à frente, como é comum nas rodovias estaduais. Mas após trafegar oito quilômetros, o número de crateras na pista aumenta, a ponto de ser necessário invadir a faixa contrária para conseguir desviar delas. Durante o dia, a tarefa expõe os motoristas ao risco de acidente. À noite o perigo aumenta com o risco de assaltos, pois as condições da pista obrigam os condutores a reduzir drasticamente a velocidade.

Após o acesso à Usina Cucaú, o problema dos buracos na PE-73 se agrava. A indústria de cana-de-açúcar movimenta mais de 50 caminhões diariamente, fluxo que aumentará com a chegada do período de moagem, em setembro. “Isso interfere em toda a nossa operação, porque modifica a velocidade no transporte dos produtos para a região, já que se tem a saída de produtos acabados, que são o açúcar e o álcool, para o porto de Suape, pela PE-73”, observou o diretor operacional da Usina Cucaú, Eduardo Cunha.

Os problemas na rodovia, que ocorrem há mais de um ano, levou moradores da região a buscar alternativas de renda tapando os incontáveis buracos com terra e areia. Com uma enxada nas mãos, esses trabalhadores chegam a arrecadar até R$ 100 semanais fechando as crateras. Os motoristas que circulam pela via dão alguns trocados em agradecimento. A tarefa é mais intensa na entrada de Rio Formoso, uma das áreas mais críticas da estrada.

O serviço dos trabalhadores e suas enxadas é, por enquanto, a única medida para tentar melhorar a situação da rodovia, uma vez que o Departamento de Estradas e Rodagens de Pernambuco (DER-PE), informou, por meio de nota, que a PE-73 está incluído no planejamento da Operação Tapa Buracos, mas não existe ainda previsão para o início da ação.

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