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Audiência pública na Câmara debate destino do terreno que pertencia ao Aeroclube

Proposta apresentada na Câmara Municipal do Recife sugere que o espaço seja multiuso

Audiência discute situação da áreaAudiência discute situação da área - Foto: Leo Malafaia/Folha de Pernambuco

O destino do terreno que pertencia ao Aeroclube de Pernambuco, no Recife, foi alvo de debate na Câmara de Vereadores da cidade na manhã desta sexta-feira (12). Em audiência pública convocada pelo vereador André Régis (PSDB), foi discutida a situação atual do espaço, além de fazer projeções através da apresentação de um novo projeto, que se opõe ao original, elaborado pela Prefeitura, debatendo o destino da área e o uso público.

A Prefeitura do Recife (PCR) prevê para o espaço o Conjunto Habitacional Encanta Moça, que seria erguido através do Programa Minha Casa Minha Vida, com recursos municipais e da Caixa Econômica Federal, num total de R$ 49,2 milhões em investimento. O projeto pretende tomar forma no antigo terreno que pertencia ao aeroclube, no bairro do Pina, na Zona Sul do Recife. A iniciativa surgiu, segundo a Prefeitura, para dar uma moradia digna para 600 famílias, que atualmente vivem em situações precárias e de risco no entorno do terreno.

Entretanto a proposta apresentada na Câmara Municipal do Recife sugere que o espaço seja multiuso, abrigando escolas, posto de saúde, habitações, além de um parque verde, com espaços para a prática de exercícios físicos e de lazer, "que atenda ao interesse de todos". “Com o complexo educacional, a gente teria condições de atender às crianças da região. A área de lazer e atividades esportivas estariam integradas também ao parque. Além disso, teríamos também habitações, um posto de saúde e uma área destacada para a exploração da iniciativa privada”, explica o vereador André Régis.

De acordo com o representante do Conselho Regional de Agronomia e Engenharia de Pernambuco, engenheiro Marcílio Leão, “o projeto [do vereador] não é simples. É preciso debater porque o impacto ali será eternizado. Há uma polarização entre a ideia parque e a ideia conjunto habitacional, mas habitação e parque não são conflituosos", explicou. Para Estilo Santos, coordenador de uma ocupação na comunidade do Bode, localizada no entorno do terreno, “todo projeto de educação é positivo, porém qualquer projeto que venha para aquela área tem que andar paralelamente com o de habitação, que é a prioridade hoje”, assegurou.

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