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Pesquisadores investigam uma nova espécie de raia gigante na costa brasileira

São animais que podem ultrapassar os cinco metros de envergadura e ostentam cara e dorso negros, este com duas manchas brancas, de formato geométrico.

José Patriota (PSB) é prefeito de Afogados da Ingazeira e presidente da AmupeJosé Patriota (PSB) é prefeito de Afogados da Ingazeira e presidente da Amupe - Foto: Peu Souza/FolhaPE

Pesquisadores investigam uma nova espécie de raia gigante na costa brasileira. Popularmente conhecida como "jamanta", o gênero Manta possui duas espécies atualmente descritas no mundo: a Manta birostris e a Manta alfredi. São animais que podem ultrapassar os cinco metros de envergadura e ostentam cara e dorso negros, este com duas manchas brancas, de formato geométrico.

Porém, o projeto inédito, com apoio financeiro da Fundação Grupo Boticário, busca confirmar a presença de uma terceira espécie no Golfo do México e mapear se ocorre a presença dela também na costa brasileira. Caso seja comprovada sua existência, a nova espécie será considerada ameaçada de extinção, assim como já acontece com as outras mantas.

Já as raias observadas nos litorais do Espírito Santo, Rio de Janeiro, Bahia e no arquipélago de Fernando de Noronha apresentam coloração incomum no dorso e
ventre. Ao contrário da espécie birostris, muitos desses indivíduos têm a cara branca e o dorso negro com manchas arredondadas. Aparentemente são menores do que as jamantas, atingindo no máximo quatro metros de envergadura. Esse fator, no entanto, pode se dever ao fato de alguns dos animais observados no Nordeste do País serem jovens.

Segundo o coordenador de pesquisas do Projeto Mantas do Brasil, o biólogo Leo Francini, o trabalho consistirá em coletas e análises do material genético da
população com características distintas daquelas já descritas em estudos científicos e, com isso, determinar qual é a espécie. Uma das hipóteses é que animais dessa possível nova espécie que está sendo estudada no Golfo do México esteja presente também em águas brasileiras. Lá já foi comprovado que a jamanta e a raia daquela região são geneticamente diferentes.

Conservação
Como forma de contribuir para a conservação das espécies-alvo dos estudos, o Projeto Mantas do Brasil capacita mergulhadores e ainda subsidia entidades governamentais com informações que auxiliam o estabelecimento de políticas públicas. Por exemplo, um dos resultados anteriores foi a proibição em 2013 da pesca de Mobulídeos (mantas e móbulas) em águas brasileiras.

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