Qui, 06 de Novembro

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OPERAÇÃO

Polícia Civil de Pernambuco prende cinco pessoas e desarticula grupo especializado em roubo a bancos

Além dos cinco presos, outros dois indivíduos estão sendo investigados e possuem mandados de prisão em aberto

Delegado João Leonardo Cavalcanti, titular da Delegacia de Polícia de Roubos e Furtos; e o Delgado Ivaldo Pereira, Gestor DIRESP.Delegado João Leonardo Cavalcanti, titular da Delegacia de Polícia de Roubos e Furtos; e o Delgado Ivaldo Pereira, Gestor DIRESP. - Foto: Gabriela Castello Buarque/Folha de Pernambuco.

Quatro homens e uma mulher foram presos na última sexta-feira (31) durante a execução da operação "Convergência Criminosa", deflagrada pela Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada em crimes contra instituições bancárias e financeiras em todo o território nacional .

Os detalhes das investigações e execução da operação foram repassados pela PCPE na manhã desta segunda-feira (3), durante coletiva de imprensa na sede da corporação, na Rua da Aurora. Além dos cinco presos, outros dois indivíduos estão sendo investigados e possuem mandados de prisão em aberto.

De acordo com o delegado titular da Delegacia de Roubos e Furtos, João Leonardo Cavalcanti, a investigação teve início em setembro de 2022, após uma tentativa de roubo frustrada a uma agência do Banco do Brasil no bairro de Prazeres, em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife (RMR), ocorrida no dia 22 daquele mês. 

O grupo atuava em diversos estados do país e possuía uma divisão de tarefas bem definida. A mulher, considerada uma das peças-chave pela polícia, vinda de João Pessoa, chegou ao Recife dias antes dos assaltos para realizar uma espécie de "reconhecimento" da agência bancária.

"Ela vem para o Recife dias antes e passa a fazer uma vigilância na agência bancária, analisando quem são as pessoas, fazendo pesquisas online na internet... Inclusive, na agência, falaram para o gerente o nome do pai, afirmando que o tinham sob custódia. Tudo para dissuadir e criar aquele aquele temor no gerente para que ele lhes desse acesso aos cofres da agência. Então, assim, cada um tinha realmente seu papel", detalhou o delegado.

"Dos dois que entraram inicialmente (na agência), um do Mato Grosso e o outro de Porto Velho, entraram já armados com pistolas,os que entraram em seguida e ficaram só na naquela parte frontal da agência com os vigilantes, porque todos funcionários que chegavam eram colocados para dentro da agência com o auxílio dos vigilantes, para não ter pânico no ambiente e eles conseguirem realizar o assalto. Que, como falei, acabou sendo frustrado porque ele não conseguiram ter acesso ao cofre", completou João Leonardo.

Ainda de acordo com o delegado, um dos suspeitos que entrou armado na agência se utilizava de uma seringa hospitalar contendo sangue para coagir as vítimas, ao afirmar ser soropositivo para o vírus HIV. 

Prisões
Os mandados de prisão foram cumpridos no bairro do Alto do Mandu, no Recife; no Presídio de Igarassu, na RMR, em João Pessoa (PB); e em Várzea Grande (MT).

Além dos dois suspeitos que ainda possuem mandado de prisão em aberto, durante a operação da última sexta-feira (31) surgiu o nome de uma terceira pessoa, apontada como o mandante do roubo ao Banco do Brasil.  Um deles está na região Norte do Pará, e as autoridades estão realizando levantamentos com o apoio da Polícia Civil de Rondônia.

"Ainda temos dois que estão com mandado de prisão em aberto. Um para a Região Norte do Pará, onde estamos fazendo levantamentos  com apoio da Polícia Civil de Rondônia, e outro estaria no Rio de Janeiro e teria sido um dos suspeitos que faleceram durante a na operação da semana passada", concluiu o investigador. 

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