Polícia Civil de Pernambuco prende cinco pessoas e desarticula grupo especializado em roubo a bancos
Além dos cinco presos, outros dois indivíduos estão sendo investigados e possuem mandados de prisão em aberto
Quatro homens e uma mulher foram presos na última sexta-feira (31) durante a execução da operação "Convergência Criminosa", deflagrada pela Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada em crimes contra instituições bancárias e financeiras em todo o território nacional .
Os detalhes das investigações e execução da operação foram repassados pela PCPE na manhã desta segunda-feira (3), durante coletiva de imprensa na sede da corporação, na Rua da Aurora. Além dos cinco presos, outros dois indivíduos estão sendo investigados e possuem mandados de prisão em aberto.
De acordo com o delegado titular da Delegacia de Roubos e Furtos, João Leonardo Cavalcanti, a investigação teve início em setembro de 2022, após uma tentativa de roubo frustrada a uma agência do Banco do Brasil no bairro de Prazeres, em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife (RMR), ocorrida no dia 22 daquele mês.
Leia também
• Moraes faz reuniões no Rio para discutir Operação Contenção
• Greve do Metrô: "Atitude arbitrária", diz presidente do Sindmetro-PE após ser preso em ato
• No Rio de Janeiro, príncipe William recebe as chaves da cidade das mãos do prefeito Eduardo Paes
O grupo atuava em diversos estados do país e possuía uma divisão de tarefas bem definida. A mulher, considerada uma das peças-chave pela polícia, vinda de João Pessoa, chegou ao Recife dias antes dos assaltos para realizar uma espécie de "reconhecimento" da agência bancária.
"Ela vem para o Recife dias antes e passa a fazer uma vigilância na agência bancária, analisando quem são as pessoas, fazendo pesquisas online na internet... Inclusive, na agência, falaram para o gerente o nome do pai, afirmando que o tinham sob custódia. Tudo para dissuadir e criar aquele aquele temor no gerente para que ele lhes desse acesso aos cofres da agência. Então, assim, cada um tinha realmente seu papel", detalhou o delegado.
"Dos dois que entraram inicialmente (na agência), um do Mato Grosso e o outro de Porto Velho, entraram já armados com pistolas,os que entraram em seguida e ficaram só na naquela parte frontal da agência com os vigilantes, porque todos funcionários que chegavam eram colocados para dentro da agência com o auxílio dos vigilantes, para não ter pânico no ambiente e eles conseguirem realizar o assalto. Que, como falei, acabou sendo frustrado porque ele não conseguiram ter acesso ao cofre", completou João Leonardo.
Ainda de acordo com o delegado, um dos suspeitos que entrou armado na agência se utilizava de uma seringa hospitalar contendo sangue para coagir as vítimas, ao afirmar ser soropositivo para o vírus HIV.
Prisões
Os mandados de prisão foram cumpridos no bairro do Alto do Mandu, no Recife; no Presídio de Igarassu, na RMR, em João Pessoa (PB); e em Várzea Grande (MT).
Além dos dois suspeitos que ainda possuem mandado de prisão em aberto, durante a operação da última sexta-feira (31) surgiu o nome de uma terceira pessoa, apontada como o mandante do roubo ao Banco do Brasil. Um deles está na região Norte do Pará, e as autoridades estão realizando levantamentos com o apoio da Polícia Civil de Rondônia.
"Ainda temos dois que estão com mandado de prisão em aberto. Um para a Região Norte do Pará, onde estamos fazendo levantamentos com apoio da Polícia Civil de Rondônia, e outro estaria no Rio de Janeiro e teria sido um dos suspeitos que faleceram durante a na operação da semana passada", concluiu o investigador.

