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Polícia detalha operação que prendeu hackers suspeitos de fraudes bancárias

Apenas três dos cinco suspeitos presos obtiveram lucro de aproximadamente R$ 6 milhões durante o período da investigação

O delegado responsável pela investigação, João Gustavo Godoy, comentou o casoO delegado responsável pela investigação, João Gustavo Godoy, comentou o caso - Foto: Divulgação/Polícia Civil

Cinco pessoas foram presas suspeitas de furtos por meio de fraudes bancárias, estelionato, lavagem de dinheiro e organização criminosa durante a operação Chargeback, deflagrada nessa quinta-feira (5) pela Polícia Civil de Pernambuco (PCPE). O saldo da operação foi detalhado em coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira (6), no Recife.

De acordo com a polícia, a quadrilha é formada por hackers que cometiam fraudes em cartões de crédito no Recife e em Olinda, Paulista e Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana. As investigações apontam que apenas três dos suspeitos presos obtiveram lucro de aproximadamente R$ 6 milhões. Os crimes eram cometidos tanto no Brasil, quanto no exterior.

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Os presos, identificados pela Polícia Civil como Nyedja Tatyane Pereira Alves, André Rios de Melo, Nuno Filipe Tinoco Alves, João Batista da Silva Junior e Guilherme Augusto Moller, eram chefiados por Hugo José Santos Pereira Lima, que comandava a quadrilha de dentro de um presídio do Estado.

Segundo o delegado responsável pela investigação, João Gustavo Godoy, vários estabelecimentos bancários denunciaram ataques a clientes onde valores estavam desviados das contas correntes.

“Identificamos que essa quadrilha acessava e tomava conta de dispositivos eletrônicos de clientes, furtando milhas aéreas e clonando cartões de crédito. Esse roubo de dados iniciava a partir da prática do “fish”, que é quando a vítima clica em links que aparecem no e-mail, ou em aplicativos, se passando por bancos ou por estabelecimentos comerciais permitindo que vírus entrem no computador, por exemplo, remetendo informações para a quadrilha que agia também nos Estados Unidos e na Europa”, afirmou o delegado.

Ainda de acordo com o delegado, com as informações, os criminosos tinham acesso aos aplicativos do banco dos usuários, mudavam o endereço e o telefone e faziam transferências para a conta de terceiros que também estão sendo investigadas. “Tem gente fora do País atuando. Eles ostentavam, viajavam na classe executiva, faziam festas em lanchas. As contas dos suspeitos foram bloqueadas e vamos tentar indiciá-los no maior número de crimes possíveis. Em apenas dois ataques, eles conseguiram desviar R$ 889 mil. Em outro ataque, o desvio foi de R$ 700 mil”.

Durante a operação foram expedidos oito mandados de prisão e 24 mandados de busca e apreensão. Alguns alvos já haviam sido presos anteriormente por crimes semelhantes. Foram apreendidos computadores, smartphones, cartões de crédito entre outros aparelhos eletrônicos. A operação envolveu um contingente de 130 policiais civis.

Nyedja Tatyane foi encaminhada para a Colônia Penal Feminina do Recife, no bairro da Iputinga, Zona Oeste da Capital. Já André Rios de Melo, Nuno Filipe Tinoco Alves, Joao Batista da Silva Junior e Guilherme Augusto Moller foram encaminhados para o Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife, onde ficam à disposição da Justiça.

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