Prédio histórico será preservado em Petrolina
Palácio Episcopal da Diocese no Sertão tem pedido de tombamento autorizado pelo Estado
A Secretaria de Cultura de Pernambuco deferiu a abertura do processo de tombamento do Palácio Episcopal da Diocese de Petrolina, no Sertão do São Francisco. O prédio, um dos cartões-postais do município, localizado na praça Dom Malan, 99, na área central, foi construído em terreno doado à diocese da cidade e inaugurado em 1929 para funcionar como residência dos membros do clero. A ação garante à edificação as mesmas prerrogativas de preservação de um bem já tombado até a efetiva inscrição da resolução de tombamento.
Com o despacho favorável à tramitação do processo, o pedido, feito pela diocese por meio do bispo emérito Paulo Cardoso da Silva, segue para análise da Gerência de Preservação do Patrimônio Cultural da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), que realizará estudos e visitas técnicas. Em seguida, o processo é enviado ao Conselho de Preservação do Patrimônio Cultural (CEPPC), órgão responsável pelo tombamento de edificações no âmbito estadual. De acordo com a Fundarpe, a iniciativa decorre em razão do valor histórico e arquitetônico do edifício.
Outro fim
A autorização do processo de tombamento frustra a destinação do prédio para a implantação de um shopping popular em suas dependências, combatida veementemente por dom Paulo Cardoso. “Tenho várias razões (contra a construção). A primeira delas é pelo que o Palácio representa para a história cultural, arquitetônica e religiosa de Petrolina”, disse dom Paulo Cardoso, em nota oficial divulgada pela diocese. “É como se fosse uma continuidade da catedral. Dom Malan fez essa obra majestosa que é a catedral e, em seguida, construiu o Palácio Diocesano. Outra razão, é que todo o entorno deve ser respeitado”, justificou.
“A proposta de construção de um shopping popular no local prejudicaria e degradaria o entorno do Palácio”, afirmou o deputado estadual Lucas Ramos (PSB), que tratou do assunto diretamente com o secretário estadual, Marcelino Granja, que deferiu o pedido em menos de uma semana.
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