Violência

Prefeito de Saudades quer reformar creche alvo de ataque e pede reforço da PM para cidade

Essas são as primeiras medidas de Schneider para dar apoio a quem viveu a tragédia

Creche fica na cidade de SaudadesCreche fica na cidade de Saudades - Foto: Divulgação

O prefeito de Saudades (SC), Maciel Schneider (PSL), pediu reforço para o policiamento ao governo do estado e quer reunir voluntários da cidadezinha para reformar a creche Aquarela, que foi palco de um ataque a faca que vitimou duas professoras e três crianças de um ano.

As famílias enlutadas e as professoras da escola infantil iniciaram tratamento psicológico nesta quinta-feira (6) e as aulas presenciais nos oito colégios municipais vão seguir vetadas na próxima semana -o prefeito deve assinar um decreto com a determinação.

Essas são as primeiras medidas de Schneider para dar apoio a quem viveu a tragédia, acalmar os pais de alunos e começar a reerguer a cidade após o choque.

Ele, que ficou mais de 24 horas sem dormir depois do ataque, ainda fala com os olhos marejados sobre o que aconteceu. Aos 35 anos, era amigo dos pais de todas as crianças vítimas, já que tinham a mesma faixa etária. Em seu gabinete, o porta retrato mostra Schneider, a mulher e o filho do casal, com 1 ano recém-completado.


"Agora a gente precisa dar um suporte humano, não é questão de dinheiro. Estamos preocupados de que esses atendimentos sejam contínuos, que não mude os profissionais, para que a pessoa não tenha que reviver tudo. E que os pais não tenham medo de levar as crianças para as escolas", disse o prefeito à Folha.

 



Foi realizada uma grande limpeza na creche. Segundo o prefeito, pedido de envio de mais policiais é para "dar sensação de segurança" aos moradores da cidade de 10 mil habitantes, que tem baixíssimos índices de criminalidade.

A Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná) ofereceu psicólogos e acadêmicos para reforçar as equipes de tratamento psicológico.

O prefeito também quer conversar com os conselhos opinativos, compostos pela população local, para bater o martelo sobre o que será feito da escola infantil e como as vítimas podem ser lembradas.


Nesta quinta, ele se reuniu com os secretários da gestão municipal para chegar a essa lista de decisões práticas. Antes, conversaram com quem lidou há dois anos com a tragédia na escola Raul Brasil, em Suzano (SP).

Ele pode tentar não repetir os mesmos erros. No massacre paulista, havia uma disputa entre as ações municipais e estaduais, o que gerou imbróglios. Alunos voltaram para as salas, mas ficaram com aulas vagas por falta de professores, que abandonaram o colégio. Pais também reclamaram de falta de apoio psicológico e descontinuidade das ações.


A Raul Brasil logo foi reformada e ganhou pinturas dos próprios alunos, além de um memorial para as oito vítimas. Mas um ano depois da tragédia ainda não havia sido concluída a obra que custou mais de R$ 3 milhões para transformar a escola em um modelo de inovação no estado.


Eleito na esteira bolsonarista, Schneider recebeu apoio da ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, com quem falou por videoconferência. Ele também vem recebendo suporte da governadora do estado em exercício, Daniela Reinehr (sem partido).

 

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