Presidente de Israel diz que vai considerar "bem do Estado" para conceder indulto a Netanyahu
O premiê anunciou no domingo que apresentou um pedido de indulto ao presidente, argumentando que os processos judiciais prolongados estão dividindo o país
O presidente de Israel, Isaac Herzog, afirmou nesta segunda-feira (1º) que apenas abordará “o bem do Estado e da sociedade” para decidir se conceder ou não um indulto ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que enfrentou vários processos por corrupção.
O primeiro-ministro anunciou no domingo que apresentou um pedido de indulto ao presidente, argumentando que os processos judiciais prolongados estão dividindo o país. Netanyahu nega todas as acusações contra ele.
Segundo Herzog, este assunto "será tratado da maneira mais cumprida e rigorosa. Só considerei o bem do Estado e da sociedade israelense, e diante de meus olhos serão apenas o Estado de Israel e seus interesses", disse em um comunicado de sua assessoria.
Leia também
• Israel diz que matou 40 combatentes palestinos em Tunes em Gaza
• Guerra entre Israel e Hamas deixou mais de 70.000 mortos em Gaza
• Forças de Defesa de Israel anunciam operação "ampla" na Cisjordânia e na Faixa de Gaza
O primeiro-ministro do país está envolvido em pelo menos três processos judiciais, nos quais ainda não foi proferida nenhuma sentença.
Netanyahu e sua esposa, Sara, são acusados de terem recebido produtos de luxo no valor de mais de 260.000 dólares (R$ 1,4 milhão, na cotação atual) como charutos, joias e champanhe, de bilionários em troca de favores políticos.
Em outros dois casos, ele é acusado de tentar negociar uma cobertura mais favorável em dois meios de comunicação israelenses.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, escreveu a Herzog no início de novembro pedindo que concedesse o indulto a Netanyahu, que negou ter irregularidades nos processos judiciais em curso.
A assessoria do mandatário israelense indicou no domingo que este é “um pedido extraordinário que traz implicações importantes”. “Após receber todas as opiniões pertinentes, o presidente considerará o pedido de forma responsável e sincero”, afirmou em um comunicado.

